18/08/2013 - CREDIBILIDADE EM QUEDA
Embora o Brasil de hoje esteja mais
bem preparado do que o de cinco anos atrás, quando começou a crise econômica
atual, que parece cessar e ingressar em nova fase do ciclo de crescimento
global, visto que as maiores economias mundiais, principalmente dos Estados
Unidos e da Europa, estão elevando suas taxas de crescimento, existem uma série
de relatórios ruins sobre a economia brasileira. Está melhor a economia por
possuir reservas internacionais de US$375 bilhões, por ter o indicador do
endividamento sobre o PIB caído de 43,9% para 34,5%, do ingresso de capitais continuarem
em direção a mais de US$50 bilhões, da taxa de desemprego ter caído de 7,9%
para 6%, no período em análise. Está com credibilidade em queda por ter um mau
desempenho econômico, PIB que não ultrapassa 2% de crescimento ao ano, média
atual projetada para estes três anos (2011-2013), inflação e contas públicas
com piores desempenhos hoje, além do que é mais sério para a credibilidade
externa, o déficit da balança de transações correntes, que em 2008 estava em
1,7% do PIB, está sendo estimado para 3,6% do PIB neste ano. Logo, existem
ameaças de reduzir a nota de confiança internacional brasileira, que alcançou o
grau de investimento em 2008, pelas agências de risco internacionais.
Para Samuel Pessoa, colunista da
Folha de São Paulo, em sua coluna de hoje, intitulada “A queda do potencial de
crescimento”, a mudança da política econômica da gestão do final do governo de
Lula para o mandato de Dilma está assim definida: “A lista abaixo é um elenco
não exaustivo das alterações do regime político desde 2009: 12) mudança no
regime cambial e interferência excessiva no mercado de câmbio; 2) tolerância
com maiores níveis de inflação; 3) contabilidade criativa para fechar a meta
fiscal; 4) controle da inflação por meio do controle direto de preços; 5)
interferência excessiva sobre o setor de energia; 6) hipertrofia do BNDES;
fechamento da economia para o comércio internacional; 8) desoneração tributária
setorial, tópica e inconsistente com planejamento fiscal a longo prazo; 9)
profunda piora no marco regulatório do petróleo; 10) dificuldade de deslanchar
as concessões de infraestrutura”.
Enfim, para o citado economista:
“Há espaço para recuperar parte do crescimento. Basta desfazer o rol de erros e
convencer que voltamos a ter política econômica com consistência”.
Seguramente, o ex-presidente Lula
contou com bom quadro mundial, assim como ele não interferiu tanto na economia
como a presidente Dilma, a qual vem cometendo grandes equívocos, sendo o pior,
não gerando a confiança dos grandes empresários da economia e sofrendo críticas
internacionais para a sua equipe econômica.
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