12/08/2013 - VERBA INDENIZATÓRIA
Dois nomes incríveis dados pelos
parlamentares os de verba indenizatória. Segundo dados do próprio MEC, cerca de
60% da população não consegue interpretar uma lauda. Obviamente, pelo menos,
para estes, nem lhes passam pela cabeça o que representa as duas palavras
citadas. Continua tudo como “dantes no quartel de Abrantes”. Desde o
colonialismo, passando pelo império, república velha, estado novo, república
nova, ditadura militar, nova república, a educação é um discurso de prioridade,
mas, na prática, o que os senhores dirigentes do País vem mantendo é uma
população que, na sua maioria, não consegue entender a desfaçatez de certas
palavras e certos comportamentos. Ontem mesmo, a Agência Globo divulgou um
levantamento na prestação de contas de todos os 81 senadores, de fevereiro de
2011, data da atual legislatura (janeiro é de férias, em julho há férias de
novo, chamadas de recesso, assim como não trabalham nem na segunda, nem na
sexta, tudo de forma legal), a julho deste ano, demonstrando que muitos
parlamentares fazem malabarismos para gastar um valor a sua disposição, chamado
de verba indenizatória, que tem que ser comprovado seu gasto no exercício,
assim como não paga imposto de renda sobre ela.
“Mensalmente, o valor varia de
R$21.045,20, para os parlamentares do Distrito Federal e de Goiás, a
R$44.276,60, para quem é do Amazonas. Esses valores podem ser cumulativos, o
que não é gasto num mês pode ser no outro, desde que não ultrapasse o total de
dotação anual... É proibido, mas políticos referidos usam aviões particulares
para ir a outros Estados e se esbaldam em hotéis de luxo”, conforme a citada
Agência, identificando alguns senadores e as aberrações dos seus gastos.
Aqui, neste espaço, faz-se sempre
uma reflexão do que seria o “custo Brasil”. Vive-se uma democracia. Porém, os
abusos dos poderes constituídos já estão provocando reações populares nas ruas.
Para um país desenvolvido estes abusos são escândalos, que são severamente
punidos. O problema é que são os parlamentares que fazem as leis. No entanto,
projetos de origem popular estão acontecendo, timidamente, forçando eles a
votarem. O quadro está mudando. Somente assim será uma nação civilizada.
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