22/08/2013 - EXCELÊNCIAS E TRANSPARÊNCIAS
O endereço desde 2006 é www.excelencias.org.br, que reúne
informações atualizadas sobre a atividade parlamentar no Brasil, retirado do ar
em 2012, agora relançado com nova roupagem. Isto é, o trabalho é focado em 513
deputados federais e 81 senadores, acerca de processos na Justiça, uso de cotas
parlamentares, gastos com diárias, faltas, emendas, votos em plenário,
relevância das propostas, patrimônio, financiamento de campanha, histórico de
cargo, candidaturas e filiações partidárias. Revelações gerais mostram que a
maioria das “excelências” possuem processos na Justiça ou nos tribunais de
contas. Assim, são 273 deputados, ou seja, 53% do seu total, mais 42 senadores,
isto é, 52% do seu total. O incrível é que Estados dos maiores territórios,
tais como Amazonas, Mato Grosso, Tocantins possuem bancadas mais problemáticas.
Dos onze parlamentares examinados, dez possuem processos judiciais. O site em
referência é alimentado pela ONG Transparência Brasil. Uma das suas maiores
bandeiras resultou na Lei de Acesso à Informação.
Outro endereço desde 2010 é www.indicedetransparencia.com,
que avalia a eficiência de Estados na divulgação de dados, segundo 105
parâmetros e da União em executar o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC). Tal site é alimentado pela ONG Contas Abertas, buscando fiscalizar mais
a melhor gestão. Segundo ela, a prestação de contas melhorou nos últimos vinte
anos. Destaca ainda que existem áreas difíceis de serem examinadas, devido aos
percalços colocados, tais como a das estatais e embaixadas.
Organismos da sociedade civil
também tem papel proeminente na reestruturação brasileira, tal como a Ordem dos
Advogados do Brasil, a Igreja Católica. Porém, as leis se frutificam
lentamente, tal como foi a Lei da Ficha Limpa.
As pressões continuam. A grande
imprensa continua livre e traz denúncias graves. O problema é que a impunidade
continua. A história mais protestada é a do governador do Rio de Janeiro, sobre
seus abusos com gastos públicos, principalmente em seus deslocamentos caros de
helicópteros e aviões. Nesta semana chegou ao conhecimento geral de que a
primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, dirige uma banca de
advogados, que em seis anos do governo de seu marido, Sérgio Cabral, a referida
senhora ganha cerca de 10 vezes o salário do marido. Antes da posse de Cabral,
o escritório de Adriana tinha apenas 2% do faturamento vindo de concessionárias
e prestadoras de serviços do Rio. Hoje, 60% da receita vêm de honorários por
serviços prestados as referidas prestamistas. No início do governo de Cabral, a
banca contava com três advogados e 500 processos. Na atualidade, vinte
advogados e 10.000 processos. Logo, a ‘chapa está quente’ para referido
desgoverno.
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