17/08/2013 - CRESCIMENTO TRIMESTRAL




O IBGE calcula o PIB trimestralmente. No entanto, somente o divulga na última semana do segundo mês de cada trimestre, quando já foi decorrido mais da metade do trimestre seguinte. A demora é para fornecer dados precisos. Porém, as especulações prejudicam as expectativas. Lógico, as expectativas ansiadas são as positivas, principalmente para o atual governo, que não tem colhido bons resultados econômicos. Neste contexto, a divulgação dia 30 de agosto do segundo semestre do ano vem recheada de boas notícias. Mas, os sinais do terceiro trimestre não tem sido bons.

No segundo trimestre, pelo lado da demanda, houve melhora do investimento; pelo lado da oferta, a melhora é da indústria. O que decepcionou no primeiro trimestre, que foi crescimento de 0,6% se divulgará melhor o do segundo, sendo estimado incremento de 1%. A equipe econômica virá à tona para projetar, a partir de 1% do segundo trimestre, um PIB cheio de 4%. O marketing do governo virá com tudo.

Os sinais do terceiro trimestre são os de que ele será o pior do ano. O governo aumentou muito seus gastos e a agenda de parcerias público-privadas está bem atrasada. Os pesquisadores, de uma forma em geral, afirmam que os resultados não estão bons, devido às conversas que têm com os empresários. O consumo se contraiu. O desemprego se elevou. Os consumidores continuam bem endividados. O investimento está baixo. 

Face ao exposto e aos dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central a economia está desacelerando. Dessa forma, o PIB, segundo o Banco Central, acumula uma alta de 2,12% nos últimos doze meses. Ora, os críticos estão projetando crescimento menor do que 2% neste ano. E, pela primeira vez, já acreditam que em 2014 será também menor do que 2%, o que deixaria o mandato atual da presidente Dilma como deprimente. 

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