28/05/2012 - APAGÃO NO TRANSPORTE


No Brasil do século XXI tem acontecido o apagão nas áreas de infra-estrutura, devido às ausências destas três décadas últimas, praticamente, sem investimentos novos na área e deficientes reposição de inversões, além da depreciação hoje elevada. Em 2001, deu-se o apagão elétrico, mediante racionamento naquele ano de energia. Em meados do século XXI se iniciou o apagão dos aeroportos, fato nunca visto e que permanece até agora, em razão da melhoria da distribuição de renda na primeira década, induzindo viagens para a classe média, sem que crescessem e melhorassem os aeroportos. As estradas se encontram em sua maioria em “petição de miséria”, ao ponto de serem feitas várias parcerias públicas e privadas para evitar o apagão. As ferrovias são muito insuficientes. Os portos são tidos como caóticos. A segurança das cidades é muito deficiente. O trânsito de veículos das grandes cidades traz grande desgaste. Os metrôs lentos de inversões e incapazes de melhorar o trânsito. O saneamento não atinge nem metade dos municípios nacionais. A saúde pública é péssima. A educação é deficiente. Dessa forma, em 22-01-2007, o governo do presidente Lula lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na verdade um programa de infra-estrutura, desdobrado em PAC 1, PAC 2 e PAC 3, sem contemplar a saúde e a educação nele. O governo diz que realizou 40% do PAC e a ONG Contas Abertas, 10%.

Sem dúvida, constata-se que a poupança pública é negativa e a União faz de quase tudo para não deixar de fazer investimentos. Quando não consegue fazê-los, estimula o consumo das famílias. No entanto, o último conjunto de estímulos, causando renúncia fiscal, dirigidos exclusivamente à indústria automobilística, tem gerado quatro tipos de críticas. O primeiro, de que o objetivo foi o de esvaziar os pátios das montadoras, atendendo à forte influência delas. O segundo, de que os estímulos atenderam também aos veículos importados. O terceiro, de que contribui para o crescimento urbano da frota de carros, tornando sufocante o trânsito das grandes urbes. A quarta, a própria presidente Dilma avalia que a União doou incentivos a um segmento sem conhecer a real situação financeira dos fabricantes. Com desculpa, por não ter observado isto, agora que foi divulgado, ela afirma que irá cobrar mais redução de preços nos veículos incentivados. Por outro lado, na mesma linha de incentivar mais o consumo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou à imprensa que os bancos privados têm mais um mês de prazo para reduzir juros, bem como irá fiscalizar se as instituições farão isto sem elevar as tarifas bancárias. Enfim, as medidas de política econômica são fracas e poucos alterarão o nível de crescimento econômico, ficando relativamente baixo como está.



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