20/06/2012 - FÓRUNS MUNDIAIS



Durante este mês de junho, os assuntos econômicos mais convergentes foram os internacionais e globais. A ONU está realizando em duas semanas, depois de muito preparatório, a conferência magna no Rio de Janeiro, conclave chamado de RIO+20, em alusão à conferência sobre SUSTENTABILIDADE realizada 20 anos atrás no mesmo local. Daquela vez todos os grandes países estiveram presentes, plantaram árvores, que hoje estão imensas, prometeram metas de proteção ao meio ambiente, de redução da poluição, de preservação do meio ambiente, de renovação de recursos, enfim, de muitas coisas que não cumpriram. As questões reais foram esquecidas nestas duas décadas. Portanto, muitos representantes daqueles países não compareceram, a começar pelo presidente americano. Na verdade, o dinheiro verde é ruim de sair. Além do mais, os países ricos estão envoltos com uma austeridade de gastos imensa para sair da crise. Não ingressaram em acordo em pelo menos 20 temas, dos quais se destacaram: clima, energia, resíduos sólidos dos oceanos e redução da emissão de carbono. As verdades para os ricos se tornaram inconvenientes. Cerca de 130 países, entre pobres e emergentes lançaram a ideia de um fundo de US$30 bilhões, que não contou com a adesão dos desenvolvidos. Um fiasco.

No final de maio, o G-7, países mais ricos do mundo, mais a Rússia, o chamado clube dos donos de bombas atômicas, reuniram-se depois de cerca de cinco anos sem fazê-la. Os resultados não foram apresentados, visto que não enxergam para a crise econômica atual senão a recessão.

Nesta semana, desde o dia 17 deste mês estão reunidos países do chamado G-20, no México. A presidente Dilma desembarcou preocupada com os destinos da zona do euro, que já trazem reflexos ao Brasil. Ela vai insistir na tese de que a receita da chanceler alemã, Ângela Merkel, de contenção dos gastos, é somente bom para ela, visto que a Alemanha vai bem, mas os outros 16 componentes da referida zona vão mal. A presidente brasileira defende a necessidade de garantir investimentos para evitar a recessão, prevalecente na Europa. Os países da citada área já começaram a reagir, contra, tal como aconteceu na França, com a mudança de governo, assim como na Grécia, em face de novas eleições. A presidente também defende reforço do caixa do FMI, em mais US$470 bilhões, contribuindo o Brasil com US$10 bilhões, bem como mudanças no Banco Mundial e Conselho de Segurança da ONU. Aliás, a presidente Dilma mostra uma forma mais investidora no discurso internacional do que no doméstico, tal como fez o ex-presidente Lula. Da mesma forma, aqui a política econômica continua sendo de curto prazo.

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