25/06/2012 - ICMS INJUSTO
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços (ICMS) é injusto no geral, porque é cobrado na
origem e não no destino. Ou seja, onde se produz é que ele é retido e não onde
se consome. Nos países desenvolvidos tal injustiça não existe. O imposto sobre
consumo é pago no destino. Isto serve para o consumidor exercer a sua
soberania, visto que ele sabe o preço real mais as taxas nele incididas. Isto
acontece nos Estados Unidos, que é responsável por mais de 20% da produção
mundial. O PIB americano já chegou a ser mais de 25% do PIB global.
Em decorrência da injustiça, os
Estados fazem uma guerra fiscal. Isto é, já que tem poder de manipular as
alíquotas do ICMS, os Estados a colocam onde querem. Por exemplo, de zero a
17%, como é mais comum se verificar. Para atrair grandes fábricas, além de
reduzirem ou isentarem de ICMS, os Estados acionam a União, para redução ou
isenção de IPI, IR, Imposto sobre Importações, dentre outros, além de
fornecerem terras ‘de graça’, isenção de IPTU, mão de obra mais barata e
infra-estrutura beneficiada de portos, aeroportos, estradas, água, luz,
telefone, saneamento, transportes, entre outros.
O grande problema é quando
terminam os prazos dos subsídios referidos, quando o realismo dos custos se
impõe aos empresários. Os mesmo fazem suas contas e podem ir embora. Os
Estados, por seu turno, prorrogam as isenções ou criam novos atrativos. A
problemática se revela para um capitalismo sem concorrentes no mercado
doméstico, dado que, no mercado internacional, o empresário se defronta também
com a política cambial, para a qual os países desenvolvidos praticam
desvalorização das suas moedas, quando não impõem barreiras às suas
importações.
Devido à legislação existente, os
Estados mais beneficiados, tais como São Paulo e Rio de Janeiro, não tencionam
mexer, por estarem ganhando. Os demais Estados fazem guerra entre si há
décadas, sem solução de continuidade.
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