17/06/2012 - TRABALHO INFANTIL



A meta do Brasil perante a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de extinguir o trabalho infantil até 2020. Em 2000 trabalhavam garotos entre 10 a 14 anos, cerca 3,9 milhões. A população cresceu 20 milhões, assim como o trabalho infantil foi reduzido para 3,4 milhões na década, conforme dados do IBGE, Censo de 2010 e interpretação da OIT, divulgada na semana passada. Apesar da redução do citado trabalho, o Brasil ainda está bastante distante da meta para mais dez anos. Isto é, nos dez anos anteriores (2000-2010) reduziu-se 500 mil do total do contingente, algo como 13%. 

As estatísticas em referência apontam para um crescimento das crianças exploradas em Estados tão diferentes, tais como Amazonas, Amapá, Roraima e Distrito Federal. Na faixa etária de até 15 anos, onde o trabalho é ilegal, o número de jovens é de 1,6 milhão trabalhando. Por outro lado, no geral, é crescente o número de trabalhadores entre 10 a 13 anos, passando de 700 mil em 2000, para 710 mil em 2010, conforme a OIT. Referida faixa se encontra mais empregada no Norte e Centro Oeste. Entretanto, no Sudeste, trecho entre Rio de Janeiro e São Paulo, o crescimento deles foi de 15% entre os censos referidos. Por exemplo, no Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do País em população, existiam na data do último censo 138 mil crianças trabalhando, sendo mais de 24 mil até 13 anos. Citada faixa de idade corresponde aos anos anteriores para conclusão do ensino fundamental.

A única região em que viu o número de trabalhadores infantis, entre 10 a 13 anos, diminuiu foi o Nordeste, na contramão da história, onde somente fazia subir. Foram menos 48 mil crianças trabalhando nas datas dos censos citados.

Não obstante exista o Fundo Nacional para Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), o esforço tem que ser inúmeras vezes maior para que se atinja a meta proposta em 2020.

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