04/06/2012 - FINANCIAMENTO DE CAMPANHA
A legislação eleitoral permite que as empresas façam doações para as campanhas dos políticos brasileiros. Encontra-se aí uma das válvulas mais antigas de corrupção, visto que as empreiteiras fazem doações para semeadura e depois vem colher com as grandes obras. Nesta semana a revista Isto é traz entrevista exclusiva do ex-diretor do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, demitido no ano passado no rastro de escândalos de corrupção no Ministério dos Transportes, os quais derrubaram o ministro Alfredo Nascimento, pasta entregue ao Partido da República (PR), na cota da divisão dos ministérios para a base aliada, que levou ao começo da limpeza em um terço dos ministérios em 2011, comandado pela presidente Dilma. Isto reforçou a sua popularidade. Entretanto, denúncias e processos são abertos, arrastando-se para a prescrição e a impunidade.
O DNIT é um dos órgãos do governo com mais dinheiro nas mãos, cerca de R$1 bilhão mensais. Ou seja, tal dotação de mais de R$12 bilhões é de poucos dentre 39 ministérios. O entrevistado, embora ingressando na União em 2007, indicado pelo então governador do Mato Grosso, hoje senador, este tido como o maior produtor individual de soja do mundo, Blairo Maggi, referiu-se o inquirido, a que todo o período em que esteve à frente das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1 – 2007/2010), criado em 22-01-2007, foi assediado pelos políticos, tendo cobrado e distribuído propinas referentes às grandes obras, para o caixa 1, contabilidade oficial, prestada à justiça eleitoral, bem como para o caixa 2, contabilidade ilegal, para a campanha dos dois maiores partidos, que se opõem ao poder, PSDB e PT. Jogou na vala comum, situação e oposição. Nomina quem recebeu dinheiro, com participações relativas, para as campanhas desde a presidência da república. Deixou o governo federal, estando hoje trabalhando como consultor de projetos de navegação fluvial. Será que estaria fora da prisão ou não já estivesse sido condenado em países como o Japão ou a China? Estados Unidos ou um dos 32 países que compõem a Comunidade Européia? Enfim, em nações nas quais o ilícito recebe verdadeiras condenações.
Para o entrevistado isto acontece no Brasil com o fito de financiamento de campanhas. Mas, não é não. Trata-se de hábito arraigado desde a colonização. O espectro da corrupção, o qual, desde a democratização do País (1985), já há próximo de três décadas, aparece ao público e coloca para a Nação a necessidade de atacá-la. Terminar não termina não. Porém, pode tornar a máquina do governo regulada e regulamentada, em busca da eficiência, visto que é enorme o desperdício de dinheiro público, estando o Brasil muito atrasado, no rol de mais de 100 países mais corruptos, dentre cerca de 200 países do mundo.
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