15/06/2012 - PREVISÕES DO BANCO MUNDIAL
O Fundo Monetário Internacional
(FMI) foi criado em 1944, a partir da iniciativa dos Estados Unidos da América.
O seu objetivo é de ser um órgão de apoio internacional, em dinheiro, aqueles
países com problemas financeiros. Porém, ao emprestar o FMI coloca a
necessidade de monitorar o financiamento. Na sua criação, havia duas propostas:
a de Keynes, representando a Inglaterra, de haver um colchão de cesta de
moedas; a proposta americana, de todas as moedas terem paridade em dólar. A
segunda proposta foi a vencedora na Assembleia Geral de Constituição, ficando
claro que o câmbio de qualquer moeda seria fixo em dólar. A fortaleza do dólar
seria garantida por lastro em ouro, que garantiria as emissões de moeda
americana. Logo, antes de ganhar a segunda guerra mundial, vitória dividida com
a União Soviética (URSS), os EUA ganharam sozinho a guerra monetária, ao impor
a sua moeda ao mundo. Para a
reconstrução da Europa e do Japão, aniquilados pela referida guerra, por
iniciativa americana foi também criado o Banco Mundial, que, até hoje financia
governos, em obras de infra-estrutura. A
correlação de forças mundiais se alterou, sensivelmente, após o desmembramento
da União Soviética, no final dos anos de 1990, quando também foi criada uma
nova moeda internacional, o EURO, assim como a ascensão chinesa, preparada
desde 1979, ocupando hoje o segundo PIB mundial. A diferença entre a divisão
mundial entre os EUA e a URSS, em ‘guerra fria’ por 50 anos, deve-se a que a
União Europeia e a China não demonstraram ambições imperialistas, belicistas,
até agora. No entanto, todas as três partes (EUA, EURO, CHINA) praticam o câmbio
desvalorizado.
Nesta semana, o Banco Mundial (BIRD)
reduziu sua projeção de crescimento médio global de 3,1% para 2,5%, em razão do
agravamento da situação recessiva na Europa. O Banco Mundial também projeta que
os países emergentes, citando o Brasil especificamente em relatório, que iriam
ser atingidos pelos reflexos europeus. Recomenda o BIRD que todos reduzam os
seus débitos. Recomendação que soa recessiva.
Mais uma vez hoje a equipe econômica afirmou que, na continuidade da sua
cruzada anticíclica, não mais destinariam R$10 bilhões do BNDES, aos Estados, mas,
sim, R$20 bilhões, dirigidos aos investimentos públicos, bem como isenção de
COFINS e do PIS, para as parcerias públicas e privadas. A estimativa é de que
tais tributos (contribuições), exclusivamente federais, seriam de 30% dos
custos financeiros. Não por coincidência, analistas do mercado financeiro
preveem nova taxa de incremento do PIB, de 2,53%, praticamente igual à média da revisão do Banco Mundial. Enfim, a situação irá ficar
praticamente a mesma do ano passado ou pode piorar. É isso que o governo
federal teme, tomando cotidianamente medidas tópicas.
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