19/06/2012 - MERCADO DE TRABALHO
Existem três segmentos do mercado
de trabalho, definidos em teoria econômica, com respostas bem distintas no
Brasil, relativas à comparação com os países ricos, situação peculiar dos
países de grande contingente populacional, pobre ou emergente: mão de obra não
qualificada, semi qualificada, qualificada. A demanda para pessoas não
especializadas se defronta com oferta ilimitada de mão de obra. Portanto, há
grande desemprego. Logo, a fixação do salário é em nível baixo. Daí, o
estabelecimento do salário mínimo. No mercado intermediário, a demanda já se
defronta com condições de pagar salários acima do mínimo. No mercado
especializado, a demanda se defronta com amplas situações, nas quais pode haver
escassez de mão de obra, a abundância de oferta. Os salários são de mais altos
a altíssimos. No geral, a quantidade de mão de obra (oferta) é bem maior do que
a demanda, havendo certo nível de desemprego. Abaixo de um dígito é suportável.
Próximo de 10 é de difícil situação; próximo de zero é muito bom. Em torno de
5% pode ser bom.
Dessa forma, no Brasil de hoje
está por volta de 6% o desemprego, o que é razoável e tende a melhorar para ser
bom. Nos Estados Unidos, hoje está por volta de 8%, havendo muitas
manifestações, como o movimento chamado de “ocupar Wall Street”. A situação lá
já esteve pior lá, com desemprego superior a 10%, onde a atual crise econômica
se originou. Na Europa, encontra-se hoje o olho do furacão. A taxa média de
desemprego é superior a 10%. Na Turquia, encontra-se por volta de 25%, em clima
de o país sair da zona do EURO e próximo de uma guerra civil. Na Espanha, o
desemprego é sufocante, em torno de 20%, sendo de 50% entre os mais jovens.
A Fundação Getúlio Vargas
publicou recentemente “A Universidade e Você no Mercado de Trabalho”. O estudo
examinou 48 carreiras. O que “todo mundo” sabia é que, quem estuda medicina,
recebe atualmente maior salário médio, algo como R$8.459,00; quem ganha menos,
R$2.175,00. Quem trabalha mais é engenharia mecânica, com 42,9 horas semanais;
quem trabalha menos se dedica à física científica, com 34,6 horas por semana.
Quem tem maior proteção trabalhista é o segmento militar, com 97% de cobertura
previdenciária. Os menos protegidos da espécie são serviços pessoais, com 72% de
cobertura. Quem em idade mais ativa tem mais chance de conseguir trabalho é
medicina, com 97%; em último, filosofia, com 89%. No geral, os cursos com
melhores remunerações, em ordem são: medicina, odontologia, engenharia de
transportes, engenharia civil, tendo nestes dois últimos passados por forte
valorização nos últimos 20 anos. Os de menores remunerações são religião,
filosofia, educação física e turismo.
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