10/06/2012 - MÃO FORTE NA ECONOMIA


Dez dias do segundo semestre em que o assunto mais em voga foi o resultado pífio de incremento do PIB, no primeiro trimestre de 0,8%, perante um quadro sombrio da economia internacional, que, ao que parece não se recupera ainda neste ano, entrando pelo quinto ano de crise e no terceiro mergulho, fases somente comparáveis à Grande Depressão de 1929. Por coincidência do número dez, este é o ano que fecha uma década do PT no poder. O baixo crescimento retornou ainda no governo do Lula. Em 2009, recessão de – 0,3%. Em 2010, crescimento anual de 7,5%. Mas, a economia teve crescimento fraco de 2,7% em 2011. Porém, desde o primeiro trimestre de 2010 até o primeiro trimestre de 2012, o PIB somente fez cair, de próximo de 10% está hoje em menos de 1%.

A reportagem de capa da revista Exame desta quinzena, aos 46 anos, no. 1018 traz a presidente Dilma, para qual a revista lança um repto de que ela corre risco de perder uma rara oportunidade de afirmar o Brasil como uma nação grande. O noticioso consultou dezenas de especialistas, onde a conclusão é de que é urgente uma correção de rumo, para um modelo econômico mais previsível e aberto à iniciativa privada, do que estimular o consumo e intervencionismo estatal. A posição da revista, desde a sua criação é liberal, batendo na tecla do dirigismo reforçado pelo PT, principalmente com Dilma, que empaca o desenvolvimento. Comprova com o fato de que o BNDES, a PREVI e a PETROS são sócias de cerca de 200 empresas, mas há dez anos eram 95. Afirma, com todas as letras que o Brasil precisa de mais investimentos e liberdade.

Idéias de mudanças não faltam. A revista apresenta seis delas para destravar a economia. A primeira é relativa à conta de energia, que se tornou meio de arrecadação. Inclui atualmente 28 tributos e encargos. O custo de energia é 50% mais alto do que a média mundial. A segunda é a redução da burocracia, papelada sem fim. A terceira é o excessivo gasto público que cresce há mais de dez anos acima da expansão da economia. A quarta é o custo do capital, que não torna fácil a garantia do empréstimo. Cita que a regularização de imóveis em favelas permitiria 10 milhões de família ter um ativo que serviria de garantia bancária. A quinta é estimular investimentos. O Brasil é um dos raros países que cobram impostos sobre o investimento produtivo. A tributação sobre máquinas e equipamentos é de 22%. Os países desenvolvidos não taxam inversões. A sexta é a crônica falta de trabalhadores qualificados. A evidência mais eloqüente é a baixa produtividade da economia brasileira, que há sessenta anos cresce 1,3% ao ano. Enfim, o País não precisa de mão pesada na economia e sim de mão forte.



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