13/06/2012 - SEM OU COM FÔLEGO


Duas posições opostas da grande imprensa. A Isto é, datada de hoje, assim se refere: “Preocupada com os possíveis respingos da crise econômica na Europa, a presidenta Dilma Roussef convocou duas reuniões ministeriais no Palácio do Planalto, na segunda feira, 4, e pediu providencias imediatas para manter o Brasil livre do contágio. Ela mesma deu o diagnóstico da situação interna aos assessores e concluiu que o governo deve reforçar os mecanismo de investimento para acelerar o ritmo da economia... Com toda a razão. A renda dos brasileiros subiu 4,2% este ano, a massa salarial aumentou, o desemprego é o menor da década, o consumo está aquecido a indústria voltou a crescer... Apesar de o PIB ter crescido apenas 0,2% no primeiro trimestre, o Brasil está longe da recessão que acometeu a Europa e, a cada semana, os arsenais, como costuma dizer a presidenta, são acionados”. A citada revista aduz a quatro MEDIDAS DE REFORÇO, que seriam os ‘planos’ do governo para fazer o PIB crescer mais. (1) Desoneração de investimentos em portos, ferrovias, telecomunicações e energia elétrica. (2) Transformação do PIS e da COFINS em tributos não cumulativos. (3) Leilão de novos aeroportos, rodovias, portos e ferrovias. (4) Novo aporte aos bancos públicos feitos pelo Tesouro Nacional. COFRES ABERTOS, de que o governo vai investir R$1,3 trilhão em diversos programas de fomento entre 2012 s 2015. (1) Minha Casa, Minha Vida, R$390 bilhões. (2) Energia, R$300 bilhões. (3) Petróleo e Gás, R$228 bilhões. (4) Transportes, R$117 bilhões. ONDA POSITIVA, após uma série de indicadores negativos, vê que a economia brasileira dá novos sinais de fôlego. (1) A massa salarial nas seis principais regiões metropolitanas do País cresceu 6,2% no primeiro trimestre de 2012, perante igual período do ano passado. (2) Entre abril der 2011 e abril de 2012, o País criou 1,3 milhão de empregos. (3) O movimento no comércio varejista aumentou 9,8% em maio de 2012, se comparado com o mesmo mês de 2011. (4|)Em maio, a venda de automóveis aumentou 12,15%, em relação a abril. (5) No primeiro trimestre de 2012, a indústria voltou a crescer após nove meses de retração. Na verdade, trata-se de um fôlego de curto prazo que garante por volta de 3% de PIB (ou menos). As tendências são de vulnerabilidade menor, mas de baixo impacto. O jornal Valor Econômico, de 11-06-2012, estampa na principal manchete de que ”Investimento público em transporte segue travado”. Dos R$13,661 bilhões autorizados, de janeiro a maio, somente R$2,543 bilhões foram executados, menos de 20%. A razão apontada é do centralismo da presidente e da burocracia predominante. Na coluna “Opinião” do citado jornal, o título é de “Gasto cresce acima do PIB, cai o investimento público”. Em outro artigo: “Financiamento de longo prazo: perspectivas”. A conclusão é de que “falta de ‘funding’ é um dos gargalos econômicos no Brasil”. Portanto, vê-se que o atual governo centraliza de mais e impede as iniciativas.
Em suma, o governo atual vive em uma gangorra, na qual se executa movimentos da ‘praga do curto prazo’, não conseguindo a atual gestão presidencial, pelo menos até agora, nem repetir a taxa média da era Lula, está ficando abaixo de 3% de PIB, indo mais para equivaler-se à taxa média da era FHC, que conviveu com choques de recessão econômica. Em verdade, a política ortodoxa “é tudo igual”, seja PSDB ou PT. Portanto, precisa-se urgente de planejamento de longo prazo, com as reformas estruturais requeridas.

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