26/06/2012 - ONDA PESSIMISTA


Na Europa as questões econômicas pioraram. Este ano a recessão é certa. O chamado G-20, composto de 19 países mais a União Europeia, é responsável por 90% do PIB mundial. As reuniões da semana passada, no México não produziram resultados esperados. De um lado, a Alemanha apregoa austeridade, sendo a única economia europeia com bom desempenho econômico. A França, com novo governo deixou de fazer duo com a Alemanha, a favor de estímulos ao crescimento. O G-20 aprovou um reforço de caixa para o FMI de US$430 bilhões, para socorrer os países mais apertados.
A economia americana continua perder embalo. O número de desempregados se elevou, a produção industrial caiu e o consumidor corta gastos perante incerteza crescente. As exportações americanas também caíram de patamar. Os analistas internacionais projetam agora um crescimento americano inferior a 2%. Há quem afirme até crescimento negativo, cenário totalmente oposto do início do ano cujas projeções era de PIB superior a 2%.Os preços do mercado imobiliário estão em queda.
O Credit Suisse reduziu a previsão do crescimento do PIB brasileiro de 2% para 1,5% em 2012. Isso irritou profundamente o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O relatório do banco suíço observa a redução drástica no ritmo dos investimentos públicos, cujo indicador, que ele calcula, caiu de 4,7% em 2011 para 0,3% em 2012, a desaceleração do consumo das famílias de 4,1% para 3,3%. As projeções de uma das maiores instituições financeiras do mundo está em linha com os resultados negativos pelo banco observados nos membros do G-20.
A reação das medidas de estímulo ao consumo não produziram ainda bons resultados. A SERASA observou que o volume de cheques sem fundos é o maior desde 2009, bem como houve uma piora na inadimplência.
Depois da reunião da conferência RIO+20 se vê que a prioridade é mesmo sair da crise atual. Poucas medidas e tímidas foram anunciadas. Um indicador de reflexão pode ser aquilatado, quando se examinam as empresas negociadas em bolsa e sua preocupação com a sustentabilidade. A maioria, cerca de 245 empresas (55%), nem se referem sobre o assunto. Algo como 107 (24%) fizeram alguns comentários somente 96 (21%) apresentaram relatórios preocupados com a temática.

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