02/06/2012 - PIBINHO



Desde quando começou o governo da presidente Dilma, a sua equipe econômica tem reiterado que o crescimento, pelo menos, no nível médio alcançado por Lula, seria realizado. Porém, os resultados econômicos têm demonstrado o contrário. A cada três meses em que se divulga o crescimento do PIB, sendo esta a quinta vez, tem falado, antes, a sua equipe que o desempenho econômico seria bom e não tem sido. A cada avaliação dos analistas, eles costumam chamar de um “pibinho”, relativo a um incremento medíocre da economia, perante as suas potencialidades. Na verdade, desde que o PT assumiu o governo (2002), a taxa média de crescimento tem sido por volta de 4%, para o presidente Lula (2002/2010), caindo para 2,7% no primeiro ano da presidente Dilma e, agora, com a divulgação do resultado do primeiro trimestre de 2012, a projeção anual indica uma taxa menor do que a do ano passado. Há analistas, como a Miriam Leitão do jornal O Globo, que expôs na semana passada a projeção de 1%, em 2012, com base no crescimento histórico verificado.

Cinco questões se impõem. A pergunta que se faz, internacionalmente, é a de por que o Brasil, na década passada, cresceu a taxas médias em torno da metade, em relação aos países do BRIC? O que é pior, por que os últimos resultados do governo da presidente Dilma tem sido ainda menores do que a metade do projetado para o seu grupo? Acresça-se ao problema as questões: por que os governos do PT tinham o discurso de fazer o espetáculo do crescimento (editar taxas de 10%, semelhante aos anos de 1970) e não tem conseguido nem a metade do prometido? Por que a atual gestão insiste em crescer acima de 4% anuais e os resultados obtidos até agora estão por volta de 2% ao ano? Por que insiste a equipe econômica em tomar medidas paliativas em frente aos mergulhos da economia internacional, afirmando fortaleza, quando a fragilidade com que o governo federal tem atacado os efeitos da crise econômica coloca em cheque a equipe econômica? Aliás, a mesma praticamente a do ex-presidente Lula.

Sem dúvida, a principal ausência é de um planejamento econômico de logo prazo, que cumpra as reformas prometidas. Todos os outros países do BRIC e de outros emergentes parecem que tem planos de longo prazo (o subgrupo RIC admite abertamente que tem). Aqueles que têm usado tal instrumento têm obtido resultados o dobro do Brasil. Enquanto isto, a burocracia continua extremamente sufocante, o ambiente de negócios atrasado, a corrupção adiada em seus julgamentos, tal como o do chamado “mensalão”. Escândalos, tal como o da Construtora Delta/Cachoeira, sem contar com intromissões do ex-presidente Lula, abrindo polêmica contra o STF, declarando que será candidato, se a presidente Dilma não quiser, chegando ao clímax de em programa popular da televisão, o do “Ratinho”, ter dito “eu não vou permitir que um tucano volte à presidência do Brasil” (Lula), como se isso fosse de acordo com suas vontades, visto que ele considera suficiente o aparelhamento do Estado com o PT, conforme ele deixou. O País mostrará que é bem maior do que isto.

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