30/10/2011 - GANHOS DA MATURIDADE


Nas próximas décadas, em que o Brasil terá até 70% da sua população na faixa de 15 a 64 anos, a Nação se beneficiará dessa oportunidade única, que é o bônus demográfico. Já o contingente dos brasileiros mais velhos, entre 50 a 70 anos, crescerá até alcançar um terço da população do País. Enquanto os 70% de força ativa de trabalho é um bônus de há muito ansiado, por seu turno, os ganhos da maturidade de expressiva parcela da população se refletirão na maior riqueza e maior capacidade de investimento. A projeção é de que até 2045, o número de jovens e adultos deverá se manter praticamente estável, já o número de pessoas com 50 anos ou mais duplicará. Dessa forma, o contingente dos idosos tem 77% das pessoas nas classes A, B, C, ao passo que, de 14 a 49 anos, estão 62%, bem como dos que têm até 14 anos, 40% estão nas referidas classes. No Brasil, o consumo per capita dos idosos equivale ao dobro da média de jovens e crianças.

Os idosos, portanto, se constituem em um segundo tipo de bônus demográfico. São os principais investidores em ações. Dados da BM&F BOVESPA se referem que até 55 anos, os investimentos deles em ações alcançaram R$36,2 bilhões. Já a partir de 56 anos, os investimentos deles em ações alcançaram R$56,6 bilhões. Ademais, os mais idosos detêm mais bens do que a média da população, tais como casa própria quitada, automóveis de luxo, barcos, geladeiras, máquinas de lavar, telefone fixo, ar condicionado.

Atualmente, para cada 10 trabalhadores que contribuem para a economia há 5 inativos que deverão ser sustentados. As pessoas na faixa de 50 a 70 anos continuando na ativa diminuem tal relação de inativos. Contudo, por pouco tempo, em razão que o bônus demográfico, seja na primeira onda ou na segunda onda, levará a um envelhecimento geral da população. Assim, o Brasil ficará mais velho, mais rico, porém sustentar a aposentadoria pública ficará mais difícil.

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