13/11/2011 - NEGÓCIO DO LIXO
Nos países desenvolvidos o negócio do lixo é a coleta, tratamento e aproveitamento dos resíduos sólidos descartados nas cidades. Cerca de 51% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos nos lixões. Portanto, existem ainda grande oportunidades de negócios a explorar, tanto pela ascensão da classe média como devido ao crescimento do volume de lixo. 60 milhões de toneladas de lixo são geradas por ano no Brasil. O volume é equivalente à produção de cimento. Dos 5.565 municípios nacionais somente 18% têm coleta seletiva. Mas, apenas 8% das cidades participam dos programas de reciclagem. O aproveitamento do lixo poderia gerar 10% da demanda de energia nacional.
O volume gerado por habitante no Brasil é muito inferior aos dos países desenvolvidos. A geração de lixo por município em quilos por habitante anual é de 337, enquanto na Coréia do Sul é de 375; na União Européia é de 577; no Canadá é de 680; nos Estados Unidos é de 760 quilos. Já o indicador de coleta aqui é bem mais reduzido do que nos países ricos. Coleta-se 62% dos resíduos sólidos, enquanto nos Estados Unidos é de 95%; na Coréia do Sul, 97%; União Européia, 99%; Canadá e Japão, 100%.
Em termos de valores, o mercado estimado de lixo residencial é de 3,3 bilhões de dólares no Brasil; 3,4 bilhões no Canadá; 4 bilhões na Coréia do Sul; 35 bilhões na China; 41 bilhões no Japão, 49 bilhões na União Européia; 59 bilhões de dólares nos Estados Unidos.
A questão educacional é o maior impeditivo para a reciclagem do lixo urbano. Os cidadãos estão tomando consciência pouco a pouco. Entretanto, muitos municípios não reúnem condições de investir em tecnologia para a reciclagem. Na verdade, não arrecadam bastante para montagem de uma estrutura cara de aproveitamento de resíduos sólidos.
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