21/11/2011 - DESASTRE EM CAMPOS


No dia 10 de novembro começou um vazamento de óleo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Foi anunciado como de pequenos efeitos. Mas, como ainda não foi controlado está sendo considerado como gravíssimo. A perfuração se deu na profundidade de 1.200 metros. O rasgo no solo submarino tem cerca de 300 metros de largura. Ele foi aberto quando a petroleira americana Chevron perfurava a 50 quilômetros de distância da cidade de Campos. Segundo dados fornecidos pela empresa, a mancha de óleo tem 168 quilômetros, ocorrendo o vazamento de 330 barris de óleo por dia, rumando em direção ao alto mar. No entanto, o site de observações de imagens por satélite Skytruth, uma entidade independente e que dimensionou o acidente no golfo do México provocado pela British Petroleum, está dando conta que o desastre no Brasil é dez vezes maior do que o estimado pela petroleira.

O IBAMA multou a petroleira em R$50 milhões, valor máximo, conforme previsto pela legislação brasileira. O valor é muito baixo, principalmente considerando que a mesma empresa foi multada pelo Equador em R$13 bilhões, devido à poluição causada com óleo em área de seu território na Floresta Amazônica. Muito embora a petroleira iniciasse o fechamento com cimento a fenda, no dia 16, a expectativa de rápida solução é negativa.

O petróleo que vaza é do tipo pesado. As perdas financeiras e ambientais são incalculáveis. O valor de bolsa da Chevron já caiu mais de 5%. Porém, poderá ser bem maior. No caso da British Petroleum o valor de mercado caiu 21%, além de prejuízo calculado de US$41 bilhões.

De início, a petroleira afirmou que a fenda ocorreu como fenômeno natural. No entanto, já admite que o buraco foi efetuado com a perfuração. Está claro que a petroleira fez muito investimento na produção e pouco na precaução.

Enfim, o caso agora está entregue à investigação da Polícia Federal.

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