20/11/2011 - A ERA ATUAL É DIFERENTE DA ERA GEISEL


O dirigismo estatal sempre foi uma tônica na economia. Agora, o planejamento oscilou em intervenções liberais, fortes, fracas e neoliberais. Durante a colonização (1500/1822) o Brasil era super explorado, espoliado. Já durante o Império (1822/1889) o Brasil adotou uma política liberal, propugnada pelo Visconde de Mauá, de “deixa estar para ver como é que fica”. A Velha República (1889/1930) continuou liberal e o País era uma grande economia atrasada, de base primária exportadora. Mediante a era de Getúlio Vargas (1930/1945), o dirigismo foi forte, ditatorial, com uma economia superprotegida, mas deficitária. A República Nova (1945/1964) voltou a adotar o liberalismo. Mas, a partir de 1949, o Estado inaugurou o planejamento econômico com planos de desenvolvimento de cada governo republicano. Porém, nova ditadura militar voltou a ocorrer, por período ainda mais longo (1964/1984), sem que se deixasse de cultuar o planejamento econômico. Dentre os planos os mais intervencionistas foram o Plano de Metas do governo JK (1956/1960) e do governo Ernesto Geisel (1974/1979). Enfim, de 1930 a 1978, os governos federais empreenderam a indústria protegida substitutiva das importações.

O proprietário da Tendência Consultoria é um dos economistas que mais faz palestras pelo Brasil e em sua coluna quinzenal da revista Veja (datada do dia 16 passado), está dizendo que o governo da presidente Dilma está ressuscitando o modelo antigo de forte intervenção estatal. Na sua última coluna, intitulada “Olá, passado; cuidado, futuro”, ele assim se refere: “O protecionismo dos tempos da substituição das importações reapareceu com o aumento do IPI para carros importados. Na base do improviso, o governo violou normas constitucionais, restabelecidas pelo Supremo tribunal Federal. A forte tributação de tablets importados é outra repetição dos velhos tempos de economia fechada. O consumidor paga a conta. A economia perde eficiência. O Brasil parece retornar à era Geisel (1974/1979). Hoje se sabe que não foi adequado dobrar a aposta na substituição das e na intervenção estatal da economia, em reação à crise do petróleo de 1973. A estratégia contribuiu para os problemas dos anos de 1980, queda de produtividade, perda de dinamismo e aceleração inflacionária”.

Ora, é um bruto equívoco afirmar isto, visto que naquela época havia planejamento de longo prazo e hoje o governo adota o receituário neoliberal, de planejamento de curto prazo. Por fim, o pior período a que ele se refere, o dos anos de 1980, ele foi ministro de 1987 a 1990, até entr4egar o governo ao neoliberal : F:ernando Collor.

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