15/10/2011 - PODER E COBIÇA


“Os Estados Unidos vão ajudar a Europa na crise da dívida por meio do FMI”. A declaração é de ontem, de Timothy Geithner, secretário do tesouro dos EUA. Lá, secretário de tesouro é como o ministro da fazenda daqui. Porém, como os Estados Unidos não conseguem resolver a sua situação interna e querem resolver o embrulho europeu? O que está por trás disso? O imperialismo. No caso, na forma do imperialismo financeiro. Através da imposição do dólar, desde 1944, quando foi criado o atual sistema financeiro internacional, cujo centro de decisões, em tese, seria o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas os Estados Unidos que estão por trás disso, inundam o mundo com a moeda global, o dólar, poder e cobiça, conforme bem demonstrado pelos filmes de Oliver Stone, intitulados Wall Street (I e II).

A prova disso é que, quanto mais a crise se torna aguda, mais os países do mundo e os investidores internacionais compram dólar. Veja-se onde a China coloca a maior parte das suas reservas? Nos treasuries. Isto é, títulos da dívida pública americana. O Brasil também. Quase todos aqueles que têm reservas. Da mesma maneira fazem os investidores internacionais. Neste ano, os títulos negociados a taxas flutuantes de juros já alcançaram a rentabilidade de 28% ao ano. Nenhuma outra aplicação financeira rendeu tanto.

No quadro econômico mundial não se vislumbra outra saída, a não ser o barco continuar sobre comando dos Estados Unidos.

Enfim, no capitalismo existe uma lei geral: o capital vai para onde é maior a taxa de lucro.

Agora, em se tratando de poder imperial, este se faz pelo poder das armas. Portanto,”tudo está como antes, no quartel de Abrantes”.

Ao Brasil cabe fortalecer-se neste sistema capitalista contraditório, onde quem não precisa é que toma dinheiro emprestado; quem precisa de dinheiro, é obrigado a cortar gastos, em conseqüência, aumentando o desemprego doméstico, o que hoje ocorre na Europa, estando a Grécia “pegando fogo”, no geral e no particular.

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