04/11/2011 - IDH DESACELERANDO


Foi divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, estando o Brasil classificado em 84º lugar. De 1980 para 2011 a taxa de crescimento médio do IDH brasileiro foi de 0,87% ao ano. Já de 1990 para 2011 a taxa média anual em referência caiu para 0,86%. A primeira constatação é de que a taxa anual do IDH é muito baixa, quando comparada com a taxa de crescimento do PIB, próxima de 3% ao ano durante o período mais longo citado. O desejável é de que a taxa média do IDH crescesse e não caísse como o tem feito desde 1990. A segunda constatação é a de que o desempenho de outros países do porte do Brasil, tal como no grupo do BRIC, a Índia vem evoluindo de 1,51%, para 1,38% e 1,56%, enquanto a China passou de 1,73%, para 1,62% e 1,43%. No caso da China, o IDH também vem desacelerando. Entretanto, referidos países tem tido nas três últimas pesquisas muito melhores resultados do que o País. A terceira constatação é de que o resultado obtido somente fez o País avançar um lugar.

O IDH leva em consideração a saúde, anos de estudo e renda per capita. A saúde é retratada pela expectativa de vida do brasileiro de 73,5 anos. Os anos de estudo em média são de 7,2 anos para os com até 25 anos e a renda per capita calculada pelo PNUD foi de 10.162 dólares.

A classificação dos 187 países está em quatro grupos: nível muito elevado; elevado; médio e baixo desenvolvimento. O IDH varia de zero a um. O IDH brasileiro atingiu 0,718. Rússia e Brasil estão colocados como de elevado desenvolvimento. Já China e Índia de médio desenvolvimento. Embora tenha progredido, o Brasil alcançou o nível que tinha os Estados Unidos em 1940. Dez nações da América Latina estão na frente do País. São elas: Chile, Argentina, Uruguai, Cuba, México, Panamá, Costa Rica, Venezuela, Peru e Equador. Referidos países não são grandes. Sabe-se pelo PNUD que neles é mais fácil avançar, enquanto em países grandes, tais como os do BRIC é mais difícil o avanço.

Os melhores indicadores dos 12 primeiros variou de 0,901, Japão, para 0,943, Noruega. Os piores desempenhos foram do Congo, 0,286, mais 40 países africanos, que tiram nota inferior a 0,5. No geral, o Brasil é o décimo em concentração de renda. Muito embora tenha melhorado, porque antes, em 1990, estava entre os cinco piores, a desigualdade ainda é muito grande em terras brasileiras.

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