18/11/2011 - PRODUTIVIDADE DO TRABALHO


A Universidade da Pensilvânia divulgou estudo com 189 países acerca da produtividade do trabalho. Esta é definida como o aumento relativo do rendimento do trabalho, por exemplo, quanto um trabalhador qualificado produz mais do que um semi qualificado ou um não qualificado. Isto pode ser medido em valores monetários, tais como dólares. Segundo referida universidade a produtividade do brasileiro corresponde hoje à produtividade do japonês em 1964. Representa quase 20% do atual rendimento do americano e um terço do rendimento do coreano. Por seu turno, a organização Conference Board Total Economy Database estima que a produtividade do brasileiro subiria 2,4% em 2011, perante 7,9% da produtividade chinesa. Na verdade, acreditam tais organizações que a produtividade brasileira sobe mais pelo crescimento econômico do que por avanço tecnológico ou inovação. Não é sem razão se verificar que as patentes brasileiras em 2010 foram por volta de duas centenas, enquanto as patentes chinesas cresceram pelo menos dez vezes mais.

E por que a eficiência brasileira não é maior? Claro, é somente examinar o deficiente sistema educacional brasileiro. Este é o gargalo histórico. Além do mais, por muito tempo era mais barato contratar mão de obra sem qualificação, em termos relativos, do que a qualificada. Porém, a situação de hoje parece que está se invertendo em algumas áreas. Por exemplo, na construção civil se estima que haja um déficit de 250 mil. O salário de pedreiro subiu 30% nos últimos três anos, enquanto o custo médio da mão de obra se elevou 25% no mesmo período.

A produtividade do trabalho no Brasil tem avançado muito pouco desde 1950, conforme o citado Conference Board. Dessa forma, consoante seus cálculos para 2008, considerando o poder de compra de 2005, o PIB por trabalhador da Índia era de US$7.801; da China, US$11.929; do Brasil, US$17.897; da Coréia, US$50.989; do Japão, US$64.779; dos Estados Unidos, US$84.771. Tais números estão bem diferentes dos atuais, dados de poder de compra de 2005, mas permitem ver quão grande é à distância do Brasil para os países desenvolvidos Coréia, Japão e Estados Unidos.

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