29/11/2011 - ESCÂNDALO NA FAB
A Força Aérea Brasileira (FAB) conta com um efetivo de 73.110 pessoas, sendo 65.10 militares e 7.500 civis. O Ministério Público Federal (MPF) está investigando um dos maiores escândalos, envolvendo a FAB. Cerca de 8 mil militares foram demitidos nos últimos dez anos, mas continuam ativos no cadastro da FAB, no Ministério da Previdência e no Ministério do Trabalho. Tal contingente corresponde a 12% do efetivo da aeronáutica, constando até mortos. As acusações são de crime contra o patrimônio e estelionato.
À frente do trabalho está o procurador da República Valtan Timbó Furtado que irá pedir à Polícia Federal que instaure o inquérito. Pelos seus cálculos as fraudes podem alcançar R$3 bilhões, valor correspondente a 70% do investimento previsto para a Força Aérea e 20% do Ministério da Defesa em 2012. A presidente Dilma Roussef já tinha sido informada desde abril e autorizou uma devassa nas contas da Aeronáutica. Porém pediu sigilo.
O embrulho começou quando, entre 1994 a 2001 a FAB recrutou por concurso público 12.000 pessoas para o cargo de soldado especializado. No entanto, somente 4.000 recrutas foram aproveitados. Hoje o salário de um soldado especializado é aproximadamente R$1.800,00. Os 8.000 demais foram desligados da FAB, sem nenhuma justificativa, após seis anos. O caso foi criado quando cerca de 3.000 demitidos constituíram a Associação Nacional de Ex-Soldados Especializados, visando à reintegração. Foi quando descobriram que seus cadastros ainda estavam ativos.
As falhas detectadas são graves, visto que os soldados foram desligados pelo boletim interno da FAB, mas não foram informados aos órgãos de controle, nem do Ministério do trabalho, nem do Ministério da Previdência Social.
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