25-11-2011 - LOTEAMENTO DE CARGOS


A Nova República surgiu em 1985. Desde então foi adotado pelo Brasil o chamado governo de coalizão. A partir do presidente da república são nomeados ministros, dirigentes de autarquias, de ministérios, de empresas estatais, bem como todo um séquito de funcionários para comandar a máquina pública. Levantamento feito pelo deputado federal José Antônio Reguffe (PDT/DF), com informações até então sigilosas, chegou ao número de 23.579 cargos. O impressionante é que 21.422 cargos são ocupados por filiados ao PT e ao PMDB. O aparelhamento desses mais de 23 mil custa aos contribuintes R$56,5 milhões mensais.

O número de comissionados no Brasil é muito grande. Por exemplo, os Estados Unidos, que tem 8.000 cargos a serem preenchidos, com uma população de cerca de 100 milhões de pessoas maior do que a brasileira. Em outra dimensão, países ricos, tais como a França tem 4.000 funcionários de confiança; mas, a Alemanha tem somente 500; a Inglaterra, 300. Vendo a América Latina, 600. Para que tanta gente de confiança senão para preservar uma estrutura de poder de apadrinhamento, ineficiência e corrupção?

A rigor, tais cargos deveriam ser ocupados por cidadãos competentes, selecionados por concurso público pelo mérito técnico e com ficha limpa. Porém, não é isso que acontece. Inúmeros deles são preenchidos por pessoas sem a qualificação desejada. E, o que pior, sem um histórico de conduta ética. Não é por outro motivo que a presidente Dilma começou a fazer a faxina dos ministérios, atacando corruptores e corruptos, mediante conhecimento do que ela chamou de “malfeitos”. Na verdade, corrupção apurada por órgãos tipo TCU, CGU, Polícia Federal, Ministério Público, inúmeros deles denunciados cotidianamente na imprensa.

Depois da queda de seis ministros, o Ministro do Trabalho vem mentindo, resistindo e a presidente ainda não o afastou do cargo. Por motivos semelhantes, o Ministro da Agricultura foi demitido (andar de jato particular, por exemplo). Agora, o ministro sobre o alvo está até devolvendo diárias que recebeu indevidamente em 2009. Não se sabe se ainda irá resistir. Mas, parece que a presidente Dilma está mudando de estilo, quando já anunciou um futuro ministério para o início do próximo ano, com redução severa do número de ministérios. Especula-se até de redução à metade deles. É aguardar mais uns dias para se ver.

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