17/11/2011 - LIMPEZA NA POLÍTICA


Hoje, em 30 cidades brasileiras houve manifestações de ruas, convocadas pelas redes sociais, justamente quando a república completa 122 anos. Trata-se da terceira onda de manifestações neste ano contra a corrupção. Dezenas de manifestantes usaram o bom humor, com faixas, cartazes e dizendo palavras de ordem, visando instaurar a Lei da Ficha Limpa e o fim da impunidade em geral. O Congresso é um dos alvos mais visados. Os protestos advertem os políticos de que em 2012 haverá eleições. Por seu turno, advertem que os partidos políticos já deveriam estar engajados na luta contra a corrupção. Com caras pintadas e palavras de ordem, os jovens tomaram conta das ruas no protesto contra os corruptos. Abaixo-Assinado tem sido passado, para a corrupção ser considerada crime hediondo. Além do mais, os estudantes propugnam pelo cancelamento das provas do ENEM.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso veio a público dizer que o maior desafio político da presidente Dilma será desmontar o sistema de corrupção e de fisiologismo criado ao longo do segundo mandato do ex-presidente Lula. Para ele, a tarefa será essencial para garantir a governabilidade e preservar a democracia brasileira de prejuízos maiores. Declarou FHC: “Espero que a presidente Dilma consiga avançar mais. Mas, para isso, ela terá de alterar as bases do governo”, em conferência em Nova York chamada de “acabando com a guerra mundial contra as drogas“.

No tiroteio em que vive o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o dono da entidade Pró-Cerrado, Adair Meira, disse em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, na noite de ontem, que viajou de avião particular durante visitas oficiais a cidades do Maranhão em dezembro de 2009. A afirmação de Meira desmente depoimento do ministro na Câmara de Deputados, na semana passada, de que não o conhecia. Mas, a revista Veja desta semana apresenta fotos e divulgou um filme em que ambos aparecem juntos. O ongueiro recebeu 13% de todo o dinheiro de convênios assinados, através da Ong Pró-Cerrado.

O ministro foi chamado ao Palácio para prestar esclarecimentos. A oposição pede a sua cabeça. Este já tem cerca de dez denúncias contra si, sendo o quarto ministro legado por Lula, para Dilma, que sofre denúncias de corrupção e está para cair.

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