06/11/2011 - SEXTO MINISTRO SOB TIROTEIO


A semana começou com denúncias principalmente feitas pelo chamado quinto poder da república, a imprensa (os quatro outros são: executivo, legislativo, judiciário, ministério público), do sexto ministro, recheado de escândalos do Ministro do Trabalho, Carlos Luppi, que não é um novato em corrupção, visto que já havia sido denunciado pela Comissão de Ética Pública, por acumular o cargo de ministro com o presidente do partido político PDT, recebendo dinheiro por ambos, desde 2007. Ele relutou, mas renunciou à presidência. Porém, nunca deixou de ser,de fato, presidente do PDT, o que vem contrariando adversários dentro do seu próprio partido político. Sexto ministro sobre fogo do governo da presidente Dilma, cinco foram também ministros do presidente Lula, foi convidado a ir ao Palácio do Planalto. A presidente também pela sexta vez, afirmou que as denúncias preocupam, mas prevalece ainda o princípio de inocência. Contudo, é muita munição contra ele, principalmente do fogo amigo.

Há dois meses o jornal Estado de São Paulo evidenciava que o citado ministro favorecia com cargos integrantes do seu partido, além de verbas do Fundo de Amparo do Trabalhador para centrais sindicais, as quais, pelas regras do Tribunal de Contas da União (TCU) não podem receber dinheiro público. Afinal, já recebem, e muito, dinheiro dos trabalhadores, via imposto sindical. Elas somente em 2011 receberam dele cerca de R$11 milhões. Na oportunidade, a revista Isto é também fez reportagens sobre o uso do Ministério do Trabalho, pela atual equipe, para multiplicar sindicatos, gerando empreguismo sem par.

A partir de hoje, as notícias vieram com mais fortes denúncias da revista Veja, ao ponto da Comissão de Ética Pública afirmar que irá abrir novo processo contra o citado ministro. As novas denúncias compreendem o uso indevido de Organizações não Governamentais, em substituição aos sindicatos, contratadas para fazer cursos de capacitação, que simplesmente não se realizam. Tais organizações também são assediadas por assessores dos ministros, para receber propinas pelos contratos realizados.

A edição de hoje, domingo, do jornal O Globo, traz notícias de que a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal encontraram no Ministério do Trabalho indícios de fraudes em convênios com ONGS, semelhantes àquelas verificadas nos Ministérios dos Esportes e do Turismo. Além do mais, o TCU tem considerado a situação do referido ministério como alarmante. Auditoria do TCU revelou que mais de 500 prestações de contas de ONGS, que são “sem fins lucrativos”, estão engavetadas no citado órgão. O propósito, segundo técnicos do TCU, é de que permaneçam naquelas gavetas até a prescrição.

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