27-11-2011 - TAXA DE SOBREVIVÊNCIA DOS PEQUENOS


Segundo o Sistema Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) a maior parte das empresas abertas no Brasil não completa cinco anos de vida. Dessa forma, a taxa de sobrevivência delas é de 73% no primeiro ano; 63% no segundo ano; 54% no terceiro ano; 50% no quarto ano; 42% no quinto ano. Existem no País quase 6 milhões de pequenos e microempresários, responsáveis por estimados 15 milhões de empregos formais. A maioria deles é de 3,4 milhões de microempresas, cujo faturamento anual é de até R$360 mil. Some-se 1,8 milhão de empreendedores individuais, cujo faturamento é de até R$36 mil anuais. Completando o conjunto existem 510 mil pequenas empresas, cujo faturamento anual é de até R$3,6 milhões. Juntos, eles respondem por 98% do total das empresas; 54% dos empregos formais do setor privado; 20% do PIB; 1% das exportações. A cada ano são abertas 500 mil empresas formais no Brasil. Uma média de quase 10 mil por semana, ou 2 mil empreendimentos por dia útil.

A revista Veja desta semana cita pesquisa do Monitor Mundial de Empreendedorismo que revelou que 18% dos brasileiros adultos estão envolvidos em atividade empresarial. É um dos maiores percentuais do mundo. Na China e na Argentina o número é de 14% da população e bem maior do que os 8% dos Estados Unidos.

Retornando ao indicador de elevadíssima mortalidade e baixa participação no PIB, por que isso ocorre? O Banco Mundial todo ano revela o ambiente geral dos negócios de 184 países. O Brasil vem piorando, de 120º passou para 126º. Na própria pesquisa do referido Monitor acima foram analisados 59 países e o Brasil está em último lugar em ambiente negocial.

Os empresários chamam esses impasses de custo Brasil. Burocracia, logística cara, dificuldades de formalizar a empresa, legislação trabalhista emperrada, altos encargos sócio-fiscais, elevada carga tributária, um cipoal de leis, portarias, decretos, códigos, normas, corrupção, falta de crédito e caro. Reunidas, dentre outras, tais dificuldades tornam as empresas brasileiras sem ter condições de concorrer internacionalmente, sendo a sua participação ínfima no mercado internacional.

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