30/09/2011 - PERDAS FINANCEIRAS


O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no dia 27 passado, fez esclarecimentos no Senado, como de praxe. O tema se referiu às perdas financeiras da pior crise desde 1929, ocorrida após 2008 e ainda não terminada. Os cálculos estão indeterminados. Porém, a destruição de riqueza até agora é de aproximadamente US$10 trilhões no mundo, quando se examina o tamanho da desvalorização das ações negociadas em bolsa de valores mundiais. Sabe-se que as ações das grandes corporações representam um percentual muito expressivo da riqueza mundial. O prejuízo, a preços de mercado, em bolsas é de cerca de dois terços do PIB americano. Em termos de emprego, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima em 40 milhões de almas, sendo de 20 milhões do primeiro mergulho (2008/2010) e 20 milhões do segundo mergulho (2011/2013), acreditando a OIT que a confiança seja até 2013 restabelecida (em 6 anos). Recorde-se que depois de 1929 isso aconteceu após 10 anos. Ademais, o foco da primeira etapa deste século XXI foi o setor privado e o foco dessa segunda é o setor público. O círculo vicioso ficou estabelecido por longo tempo. A luta das nações do globo é agora por desfazê-lo.

O crescimento da locomotiva norte-americana entre 2000 a 2007 se apresenta no PIB de 2,6% em média anual, recuando de 2008 a 2011 (previsão), para – 0,7% anuais. Na União Européia ele foi maior. Tal abatimento decorreu da reprodução ampliada de lucros advindos do segmento financeiro, sem contrapartida na esfera produtiva. Os ajustes se deveram ao recuo na área produtiva, com crescente desconfiança. Os países pobres certamente perderam muito mais, conforme ocorre em todas as crises. No entanto, os países emergentes perderam muito menos. Vinham crescendo de 6,6% em média anual e recuaram para 5,4%, no período em referência. O Brasil se situou em média anual de 4% anuais no mesmo período. Quanto ao desemprego no Brasil este recuou para níveis suportáveis, de mais de 10% no início da atual década, para 6% nos últimos anos. Nos Estados Unidos, houve uma elevação de 5% para aproximadamente 10%, quase o inverso. Na zona do Euro foi mais grave do que os EUA, com desemprego acima de 10%, sendo que a Espanha o apresenta por volta de 20% anuais, desde 2008. A grande mudança em termos de poder é que se deixou de falar em G-7 ou G-8, para falar-se em G-20, com protagonismo dos grandes emergentes do grupo dos BRICS.

No caso brasileiro, pela primeira vez na história os fundamentos da economia estão fortes, mas o País não tem condições de cresce acima de 4% anuais porque tem baixa taxa de poupança, baixo nível educacional, impeditivo de grandes inovações, enorme burocracia, elevada corrupção, com impunidade, além de ausência de planejamento global.

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