22/10/2011 - COMPETITIVIDADE FORA DE FOCO


A revista Exame desta quinzena, no. 1002, datada de 19 deste, tem 45 anos de existência, há 3 anos tem patrocinado o Fórum de Competitividade do Brasil, coma presença de autoridades e de centenas de participantes. Em informe publicitário, assim se referiu: “A Construção de um Brasil Competitivo foi o tema do 3º EXAME Fórum em São Paulo, com mais de 500 participantes. O Fórum teve a presença da presidente da República, Dilma Roussef, do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, da Educação, Fernando Haddad, da Comunicação, Helena Chagas, além de empresários, economistas e executivos empenhados em responder a pergunta crucial para o País: como aumentar nossa competitividade? As principais questões debatidas foram a construção de um Estado mais eficiente, redução da carga tributária, investimentos em infra-estrutura, tecnologia e melhoria na qualidade da educação”. Evidente que o fórum é importante; que as principais questões debatidas são mesmo; porém, a principal delas não foi centrada, qual seja a burocracia.

Se o Brasil está caindo pela tabela anual do Banco Mundial, ao examinar 184 países em “fazendo negócios”, tendo descido seis lugares no relatório deste ano, de 120º para o 126º lugar, isto se deveu à imensa burocracia, assunto que a revista citada já se referiu várias vezes, mas tratou no aludido fórum de passagem. Por exemplo, a fala do ex-ministro Luiz Fernando Furlan: “Cerca de 5% do PIB é perdido em burocracia, corrupção, ineficiência do judiciário. Isso afeta o dia-a-dia das pessoas”.

No referido informe publicitário, do discurso do ministro Guido Mantega é destacado: ”Vamos perseguir o resultado fiscal neste e nos próximos anos. O nosso desempenho do ponto de vista inflacionário é igual ou melhor do que o de outros países. O Brasil não está mal nessa foto”. Ora, parece que o ministro da pasta mais importante da economia enfatiza a política fiscal, mas não fala no que é mais importante para o País, um planejamento global, que está ausente.

O ministro Fernando Haddad tem destacado da sua fala: “Do ponto de vista da qualidade, apesar do baixo patamar do ponto de partida, há visivelmente uma tendência da melhoria da educação”. Ora, o Brasil precisa é de uma revolução educacional.

Por fim, o terceiro ministro pinçado, Fernando Pimentel: “O Brasil teria todas as condições para ocupar a liderança na nova economia mundial. Tem um território amplo, um contingente populacional agregado, no mercado de trabalho e no consumo, investimentos em tecnologia e é uma democracia em que as instituições funcionam perfeitamente”. Imagine-se que este “perfeitamente” é dito pelo ministro do Desenvolvimento.

Os referenciados acima são todos do PT. Onde está o cumprimento do seu programa?

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