23/10/2011 - POUPANÇA NACIONAL
A estimativa de uma renda per capita de 12.917 dólares para o Brasil, no final do ano, significa que o brasileiro médio percebe 993,62 dólares por 13 salários anuais. Ao câmbio de R$1,75, ele teria para gastar R$1.738,83. Ocorre que o índice de Gini médio do brasileiro está em 0,53. País populoso, mas ainda muito desigual, não obstante ter hoje mais de 52% da população como classe média, um contingente de cerca de 100 milhões de almas. Olhando R$1.738,83, fica difícil imaginar que se possa poupar expressivamente, ainda mais para ter uma vida bem alimentada, lazer, saúde, educação, dentre outros itens de gastos.
Segundo as estatísticas oficiais, a taxa de poupança nacional é de 17% do PIB é o empecilho maior para que o Brasil cresça acima de 4%, haja vista que a poupança do governo está abaixo de 3% do PIB, percentual que ele chama de superávit primário, mas que no fundo serve é para pagar parte dos juros da dívida publica. A outra parte dela é rolada. Enfim, de todos os seus dispêndios, há três décadas, o governo vem investindo 1% do PIB, deixando o investimento de nacionais e de capitais estrangeiros abaixo de 20% do PIB, o que não permite ultrapassar os citados 4% anuais, média dos dois mandatos do governo Lula e meta perseguida pela presidente Dilma, pelo menos no biênio de 2011/2012, em face ao segundo mergulho na crise internacional em curso.
O Instituto IBOPE Inteligência, contratado para fazer pesquisa pela ICATU Seguros sobre para onde está sendo dirigida a poupança brasileira, ouvidos 2.002 pessoas de todas as classes, concluiu que apenas 33% dos brasileiros tem alguma poupança aplicada. Destes, a maioria coloca seu dinheiro na caderneta de poupança. Isto é, 30% das rendas totais; 5% em títulos de capitalização; 2% em fundos de renda fixa e variável; 2% em planos de previdência privada. Os outros 61% são destinados ao consumo.
Vistos outros ângulos, somente 25% possuem planos de saúde. Vale dizer, que um contingente de 75% caem nos braços do deficiente Sistema Unificado De Saúde. Também, somente 14% dos brasileiros possuem seguro de vida.
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