20/10/2011 - META DE INFLAÇÃO
A perplexidade quanto ao imobilismo das empresas americanas e da Europa desde 2008 fazem as perspectivas mundiais sombrias. No Brasil as coisas estão também piorando. O Banco Mundial que todo ano examina o ambiente dos negócios, tomando o quadro de 184 países fez o País descer mais seis casas. De 120º para 126º. A reação da reunião do COPOM de ontem baixou a taxa básica de juros SELIC de 12% para 11,5% anuais, tudo indicando que o governo irá permitir que a inflação continue acima da meta de inflação.
Exceções à regra são a General Eletric e a Apple, que tem lançado produtos novos e continuam agressivas. As empresas do segmento financeiro estão demasiadamente conservadoras. Em momento de crise a competição é menor, o que deveria estimular novos lançamentos, o que ironicamente não está ocorrendo. As empresas mundiais estão vendo muito risco agora e estão sendo conservadoras. Por outro lado, o momento político americano não é encorajador.
Voltando à meta da inflação, que 26 países do globo praticam, desde 1990, sendo adotada pelo Brasil em 1999, neste ano a meta não é mais a meta. A grande prioridade é o crescimento econômico. Desde a sua adoção no mundo, a inflação brasileira caiu de 46%, média anual do período 1991/2000, para a média anual de 7%, no período 2001/2008. Queda de 39%. No primeiro período, a oscilação da inflação foi de 850%; no segundo, de 3%; queda de 847%. Crescimento médio de 1991/2000 alcançou 1,6%, já para 2001/2008 se elevou para 4% anuais. Uma alta de 2,4% na taxa do PIB.
No fim do mês de setembro o Banco Central divulgou relatório trimestral de que a inflação tem chance real de ficar acima do teto de 6,5%, perseguido pela política monetária para este ano. Porém, estará sobre seu estrito controle.
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