14/10/2011 - ECONOMIA SE ENFRAQUECE


O Banco Central calcula mensalmente o Índice de Atividade do Brasil (IBC-Br). A sua montagem leva em consideração a economia doméstica porque não reflete o cenário internacional tão debilitado. A indústria vem perdendo força neste ano devido às restrições ao crédito para financiar automóveis desde o ano passado. Para a agricultura não se espera bom desempenho. No entanto, para o comércio a recuperação ocorre devido ao crescimento do mercado interno.

O IBC-Br recuou este ano pela terceira vez, chegando aos últimos doze meses analisados, de setembro/2010 a agosto/2011, a 4,07%. É esperada também queda para setembro. Sem dúvida, a conjuntura internacional contribuiu para tal queda, pela retração das exportações e Do menor ingresso do capital de risco. Não foi de outra maneira que a presidente Dilma fez críticas ao Fundo Monetário Internacional na condução da crise econômica, em discurso de repasse de verbas para o metrô de Curitiba, no valor estimado de R$2 bilhões.

“A ingerência do FMI sobre os investimentos do governo brasileiro durante os anos de 1980 e 1990, quando o Brasil vivia uma crise econômica”. Referiu-se aqui ao fato de que as medidas ortodoxas recomendadas pelo FMI para dar apoio financeiro, em troca de monitoramento, levando a cortes nas despesas públicas, de custeio e de investimentos, para controlar a inflação colocando o Brasil naqueles anos em recessão ou em baixo crescimento.

“Nós sabemos o quanto perdemos de oportunidades nas duas décadas em que estivemos sobre a ingerência do FMI. O Brasil passou por um momento muito difícil em 1982, com a crise da dívida soberana. A Europa passa por algo similar. Nós já vimos uma parte desse filme. Sabemos o que é a supervisão do FMI. Sabemos o que proibir que o país faça investimentos”. A sua crítica aqui é em direção à ortodoxia do FMI de cortes nos gastos públicos, que leva ao desemprego europeu, condicionados ao apoio financeiro dele.

Para ela, o Brasil somente voltou a crescer quando elevou os investimentos e a incluir mais pessoas na classe média. “É isso que nos torna fortes”, concluiu.

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