10/10/2011 - DÉFICIT ECOLÓGICO


Estimativas da Global Footprint Network (GFN) e da New Economics Foudation (NEF), entidades inglesas que medem a extensão dos danos causados pela humanidade ao meio ambiente, revelam que desde o último dia 27 de setembro o planeta ingressou no chamado déficit ecológico. Tal déficit decorre do fato que foram gastos nos nove meses de 2011, todos os recursos, tais como água, peixes e árvores, que a natureza produz para o ano inteiro. No conjunto de 200 países existem muitos que ingressam nos créditos de outros, gastando os recursos mais do que permitem as suas fontes. Na média do planeta, a devastação do meio ambiente atinge a todos os países. Para referidas entidades se está gastando um planeta e meio de recursos. Isto elas tem verificado desde os anos de 1980, quando o consumo global tem superado a capacidade de regeneração da natureza.

Países com superávit ecológico dignos de nota são a Bolívia com 7,3 vezes o que gasta; Brasil, 3,1 vezes; Canadá, com 2,1 vezes. Nações com déficit ecológico gritante são: Reino Unido, 3,6 vezes; Espanha, 3,3 vezes; Estados Unidos, 2,1 vezes.

Os ambientalistas têm alertado que o mundo está atingindo 7 bilhões de vidas, sendo necessário rever o modelo econômico que é gastador, poluente, sendo capaz de gerar mais emprego e melhor prover os serviços sociais.

Não é possível que os veículos, por exemplo, continuem consumindo muito combustível. Tecnologias limpas devem ser confirmadas. No Japão já se fez motocicleta que não usa combustível, sendo máquina movida somente pela força do ar.

Foi criado no Brasil em 2001 o Instituto Akatu, que procura conscientizar o cidadão do impacto das suas escolhas ao adquirir bens ou serviços. O consumo consciente é prática muito pouco disseminada no País. Esta deveria ser disciplina ensinada desde o ensino fundamental.

O déficit ecológico tem que ser combatido. A humanidade caminha devagar com isto. Uma das idéias é a de incluir o custo ambiental nos preços dos bens, para compensar a exploração do meio ambiente. O sinal de alerta já chegou desde as idéias de Thomas Malthus.

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