25/09/2017 - BOLETIM FOCUS
O Banco Central (BC) realiza semanalmente pesquisa
conjuntural, publicada no Boletim Focus. O principal termômetro é a inflação,
calculada pelo IPCA. Índice nacional, calculado pelo IBGE mensalmente. A
fraqueza da atividade econômica e a queda continuada neste ano dos preços dos
alimentos têm feito os economistas de plantão nas instituições financeiras a
projetarem para baixo a inflação. O relatório indica que neste ano a inflação
poderá ficar abaixo de 3%, a previsão é de 2,97%. Este número representa a
mediana dos consultados. É a primeira vez que se estima abaixo de 3%, neste
exercício. A projeção para 2018 é da inflação de 4,08%. A projeção para 2017 é
a menor desde 1998, quando a taxa foi de 1,65%. Desde 2006 que o Conselho
Monetário Nacional fixa o centro da meta inflacionária de 4,5%, sujeita ao viés
de 1,5% para alta ou baixa. Na prática, as instituições financeiras acreditam
que o BC não cumprirá a meta em 2017, vez que 2,97% são inferiores aos 3% do
piso. Ocorrendo isto o presidente do BC, Ilan Goldfajn, fará uma carta ao Ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, justificando o erro. Na semana passada, o BC já
procurou explicar a inflação tão baixa, o que vem sendo criticado pelas forças
produtivas. Na verdade, os homens do mercado criticam dizendo que o BC deveria ter
reduzido mais ainda a taxa básica de juros da economia.
Por seu turno, o Relatório Trimestral da Inflação ampliou as
projeções de 27 meses para 42 meses. O documento indica que a inflação se
comportaria por volta de 3% em cerca de um ano e depois se estabilizaria em 4%
até o final de 2020. O cenário de 3,5 anos de reduzida inflação faria também
que os juros básicos da economia estivessem baixos. Referidas tendências estão
a indicar que a taxa de crescimento da economia se elevaria. Juros baixos
pressionariam menos honrar o pagamento de juros da dívida pública.
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