18/09/2017 - BANCOS VEEM MELHOR CENÁRIO
As instituições financeiras privadas revelaram que o
indicador médio da inadimplência recuou de 5,1% para 4,6%. Entre os bancos
estrangeiros o recuo foi de 3,4% para 3,1%. Já os bancos públicos aumentaram de
2,8% para 3,5%. Para os especialistas a causa principal da maior exposição dos
bancos federais se deve ao avanço das operações contra a corrupção, no âmbito
da operação Lava Jato e Zelotes, cujas grandes empresas envolvidas estão
passando por sérias dificuldades, ajustando-se aos acordos de leniência que
pretendem realizar e adotando seu departamento de compliance. A piora dos
bancos públicos tem também a ver com a forte recessão. Para eles o pior já
ficou para trás. O superintendente da área financeira do BNDES referiu-se a que
“Alguns projetos em fase bastante inicial infelizmente não confirmaram as
premissas que fundamentaram a concessão de créditos. A percepção é que o pior
já passou, com a recuperação da economia”. No Banco o Brasil, o pico do calote
ocorreu no primeiro trimestre. Indicadores de atraso acima de 15 dias e 60 dias
já sinalizaram tendência de queda, conforme o vice-presidente Márcio Ferreira.
A Caixa Econômica informou que a taxa de inadimplência está se reduzindo.
O Núcleo Social da Fundação Getúlio Vargas calculou a renda
média dos pobres, que era R$809,60, em 2014. Esta caiu para R$754,79, em 2016.
A recuperação está em voga, sendo calculada em R$773,82, neste ano. Em 2014, os
pobres eram 8,4% da população. Em 2016 foram para 11,2%. A severa recessão
ampliou o seu número em 6 milhões. No final de 2017, os pobres ainda estarão
por volta de 11% da população. Ou seja, mais de 9 milhões de cidadãos. O
cenário previsto é de melhora lenta, a partir deste ano.
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