13/09/2017 - RECORDE HISTÓRICO DA BOLSA




Recordes históricos são notícias corriqueiras em período de euforia. Porém, o atual recorde histórico, o do dia 11, passado, demorou quase nove anos. O anterior foi em 15-09-2008, véspera da constatação internacional de que o mundo teria ingressado na maior recessão, desde 1929, chamada de crise do subprime, do estouro da bolha de especulação de imóveis, que se irradiou pelo mundo, quebrando o Banco centenário Lehman Brothers e muitas multinacionais, tal como a General Motors, uma das maiores empresas do mundo, que teve de ser socorrida por empréstimos do governo dos Estados Unidos, ela e outras gigantes empresas. Bolsas pelo mundo são assim, caem muito quando há severa crise e sobem muito quando a atividade econômica está procíclica. Sobem no ato e caem no fato e vice-versa. Ontem, dia 12, no rescaldo de alta, o IBOVESPA subiu 0,29%, chegando a 74.539 pontos. Hoje, de manhã, o que acontecerá até o fim da tarde é uma incógnita, bolsa poderá ou não subir, vez que já subiu muito.

Na esteira de continuadas boas notícias econômicas neste ano, a melhor tem sido a inflação que caiu a níveis civilizados. O IPCA acumulado de 12 meses recuou para 2,46%, em agosto, o mais baixo desde fevereiro de 1999. Informações do mercado indicam que ela fechará por volta de 3%, neste ano, ou seja, no centro da meta de 4,5% menos o viés de 1,5%. Por hora está acontecendo fato inédito, do acontecimento real (2,46%) estar abaixo da mínima inflação, com viés de baixa, estimada pelo Conselho Monetário Nacional (3%). Acompanhando a inflação, pela lógica, a SELIC já caiu de 14,25% para 8,25%. Faltam pelo menos duas reuniões do Banco Central (BC) até o final do ano. Este tem estimado que a SELIC pudesse ficar por volta de 7%. Inflação baixa e juros baixos são indicativos de que o investimento produtivo retornaria a 3% em 2018 e neste ano ficaria em 0,6%. 

Ademais, o otimismo de aprovar mais reformas, em especial, a da Previdência, têm levado a visualizar futuro melhor.

No replay do IBOVESPA. Iniciou-se em 1969 com 100 pontos. Em 2003, no início da era Lula, 11.000 pontos. Em 15-09-2008, no auge anterior, quando o Brasil tinha obtido o grau de investimento das três grandes agências de risco, 73.517 pontos. Em 27-10-2008, na crise sistêmica capitalista, 29.435 pontos. Em 31-10-2010, quando o Brasil bateria naquele ano o recorde de crescimento depois de mais de 30 anos (7,5% do PIB) 71.561 pontos. Em 11-09-2017, pico, após nove anos, 74.319 pontos. Ontem, alcançou 74.539 pontos. No ano (de 01-01 a 12-09-2017) já subiu 24%.

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