06/092017 - MELHORES E MAIORES DO BRASIL
Todo ano, em agosto, depois do prazo de 180 dias que as
empresas dispõem para publicar seus balanços, a revista Exame lança uma edição
especial de “Melhores e Maiores – As 1000 Maiores Empresas do Brasil”. Desse
conjunto se elegem as 500 maiores empresas em vendas. Encontra-se a revista em
seus 50 anos de história e o seu balanço anual no 54º exercício. Inicia-se o atual estudo com a escolha da
empresa do ano, a Raiadrogasil. Faz-se um balanço geral. Escolhem-se as 50
maiores estatais; as 50 maiores privadas; as 50 maiores do comércio; as 50
maiores da indústria; as 50 maiores de serviços; as 50 maiores do mundo
digital; as 50 maiores exportadoras; os 50 maiores bancos; as 50 maiores
seguradoras; as 50 maiores em dividendos; as 100 maiores em capital aberto; os
100 maiores investimentos. Daí se extraíram o ranking dos 200 maiores grupos
brasileiros. As 400 maiores empresa do agronegócio. As 100 companhias que mais
investiram em 2016. Os 200 maiores grupos da América Latina. As 200 maiores por
região brasileira. As maiores estrangeiras. As melhores empresas por 20 segmentos
produtivos, distribuídas por setores, do atacado, da autoindústria; de bens de
capital e de bens de consumo.
O principal resumo é o de que o balanço das vendas das 500
maiores empresas no Brasil caiu 8% em 2016. Mais do que o dobro do recuo do PIB
no ano passado (-3,6%). Porém, elas fizeram malabarismos de sair de um prejuízo
de US$24 bilhões, em 2015, quando a recessão foi mais forte (-3,8%), para um
lucro de US$35 bilhões, em 2016. Como se deu isso? Claro, mediante uma
reengenharia. Nome técnico para designar rotatividade do trabalho, para pagar
menores salários, automatizar, usar robôs e desempregar. Ou seja, queimar
“gorduras” ou apertar o cinto. Portanto, o escopo delas, imediato, como diz
Benito Fernandez, é a geração de caixa. Assim, para que retorne o País ao
crescimento econômico são fundamentais as reformas estruturais e a melhoria do
ambiente geral de negócios.
O interessante na seleção mencionada é que as grandes
empreiteiras, que eram as maiores empresas do País, envolvidas na operação Leva
Jato, emagreceram muito e deixaram de figurar como antes. A propósito, a
seleção da revista Exame também obedece a interesses mercadológicos, visto que
as selecionadas são também convidadas para serem as anunciantes na revista pelos
primeiros lugares conquistados.
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