17/09/2017 - RENÚNCIA FISCAL E EMARANHADO DE LEIS
O sistema tributário nacional é um cipoal de leis gigantesco
com milhares de leis, normas, regulamentações, resoluções, portarias, decretos,
medidas provisórias. Uma burocracia infernal. É urgente uma reforma, visto que
a última foi a de 1967, através de Constituição promulgada pelo poder
Executivo. Porém, no Congresso é muito difícil ter-se maioria para fazer uma
reforma verdadeira. Assim, o governo federal admite uma simplificação
tributária, o que poderá vir, através de várias medidas microeconômicas (para
empresas e consumidores) e macroeconômicas (para governos). Além do emaranhado
burocrático existe a renúncia fiscal.
Para o Instituto Fiscal Independente do Senado as renúncias
fiscais são (publicadas na Folha de ontem, mas são muito mais, citadas depois
do listado a seguir): Simples Nacional - R$83 bilhões (29% do total de R$285
bilhões). Zona Franca de Manaus – R$25,6 bilhões (9%). Entidades sem fins
lucrativos – R$24,9 bilhões (8,6%). Rendimentos isentos e não tributáveis – R$24
bilhões (8,4%). Desoneração da cesta básica – R$23,4 bilhões. Desoneração da
folha de pagamento – R$17 bilhões (6%). Deduções de rendimentos tributáveis -
R$17 bilhões (6%). Benefícios dos trabalhadores – R$11,4 bilhões (4%). Outros –
R$25,2 bilhões (9%).
No cálculo acima não ingressou o crédito subsidiado BNDES,
Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia. Uma
rede jogos de azar clandestina. Imposto sobre fortunas, sobre heranças, sobre
doações, assim como a extinção da CPMF. Subsídios com a construção e reforma de
estádios da Copa de Futebol, a Olimpíada, redução de IPI para informática,
previdência incentivada, programas sociais, dentre outros. Centenas de obras do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), intermináveis, tal como a
Transposição de águas do Rio São Francisco, corrupção e desvios de dinheiro
público.
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