15/09/2017 - REFLEXÕES SOBRE O INVESTIMENTO BRUTO




No segundo trimestre, o IBGE divulgou que o crescimento da economia foi de 0,2%, acompanhando o primeiro trimestre de 1%. Os analistas do ciclo econômico afirmam que o Brasil saiu da recessão técnica. Porém, no segundo trimestre o investimento bruto recuou 0,7%, perante o primeiro trimestre. Conforme diferentes analistas o aumento do PIB em seis meses se deve a ele ter sido puxado pelo consumo, principalmente da supersafra agrícola e pela liberação de R$44 bilhões de contas inativas do FGTS. Para o segundo semestre o governo irá liberar R$16 bilhões de cotas bloqueadas do PIS/PASEP. Mas, o crescimento também será puxado pelo investimento, pelo qual o governo federal aguarda seja positivo. Nas contas da Secretaria de Política Econômica, mesmo com investimento global se reduzindo, a aquisição de máquinas subiu 4% e, o de bens duráveis, 6,2%, na mesma comparação. Referidos bens são bens de investimentos. O ponto de virada se deu a partir de março, segundo a citada Secretaria do Ministério da Fazenda. De novembro de 2014 até agosto, a aquisição de máquinas havia caído 37% e a de bens duráveis 42%. Portanto, acredita-se que a situação está sendo revertida.

Ademais, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, ao ver os dados acima, que o investimento bruto está sendo contaminado pelo desempenho ainda negativo da construção civil. 

Assim, a aquisição de máquinas e de bens duráveis indica que há uma parcela de empresas se preparando para ampliar a capacidade produtiva.

A equipe econômica já vê chances de crescimento do PIB maior em 2018 e 2019. No ano que vem, ao invés dos 2% previstos, já cogita 3%. Por seu turno, em 2019, refere-se a incremento de 3,5%. A propósito, em declarações à imprensa ontem, o citado Meirelles afirmou que projeta para a década de 2020 a média de crescimento de 3,5% do PIB ao ano.

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