05/09/2017 - PREVISÕES OTIMISTAS DE MERCADO




Na linha do que se vem escrevendo nos últimos dias aqui, até porque Daniel Kahneman é mais um prêmio Nobel de Economia (2002), que vem ao Brasil, por estes dias, o motor do capitalismo é o otimismo dos empresários. Na linguagem de John Maynard Keynes é o “espírito animal” do empresário. Sem Michel Temer ou com Michel Temer, um presidente que só tem 5% de popularidade, há sinais de que a economia retornou ao crescimento neste ano. A bolsa de valores de São Paulo tem subido sustentada nos bons ventos que ultrapassaram 72 mil pontos e se aproximam do recorde histórico, de 2008, de 73 mil pontos, ano no qual o País “bombou”, tanto no crescimento do PIB (5,1%, em cima dos 5,7% de 2007), como no reconhecimento das três agências internacionais de risco, Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s, de lugar seguro para negócios (grau de investimento). Porém, o País perdeu referido grau, a partir de ter rompido o modelo do tripé econômico, estabelecido em 1999, desde 2014. Não se encontra ainda aberta a porta de aumento de produtividade e da confiança do consumidor. Com Lula também não estavam em 2003. Porém, naquela época a geração de confiança, mediante manutenção de contratos e o “boom” das commodities levaram a um longo período de bom crescimento. Poderá haver algo de novo. Mas, de velho, poderá ser o forte retorno dos investimentos.

A perspectiva para o crescimento econômico em 2017 se elevou de 0,39% para 0,5%, mantido 2% para 2018, conforme os economistas (cerca de 120), semanalmente, consultados pelo Banco Central. Em relação à inflação, a estimativa do boletim Focus reduziu a taxa deste ano de 3,38% para 3,31%. Para 2018, a redução foi de 4,20% para 4,18%. A meta de inflação para ambos os anos é de 4,5%, mediante vieses de 1,5% para cima ou para baixo. O mercado, portanto, está sinalizando condições objetivas para que amanhã o BC possa reduzir a taxa SELIC em 1%, de 9,25% para 8,25%. Ademais, a expectativa do mercado é de que a SELIC encerre o ano em 7,25% e, em 2018, para 7,50%. O Top 5, subconjunto de economistas que mais acertam as previsões, acredita que a SELIC fechará em 7%, tanto em 2017 como em 2018.

Em suma, inflação baixa e SELIC baixa estão no sentido que indica a teoria da volta do crescimento econômico.

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