22/09/2017 - CONJUNTURAS SÃO SINAIS IMPORTANTES




As notícias do cotidiano são ruins, alentadoras, otimistas.. Porém, nenhum país conseguiu ser desenvolvido sem planejamento de longo prazo. Este não pode deixar de ser abrangente. Ou seja, muito se tem falado em educação, elevação da produtividade, em ciência e tecnologia. Muitas coisas mais. Porém, nenhum item é condição suficiente, a não ser a integralidade. Os exemplos mais notórios estão com as estratégias da arte da guerra, rompimento da dependência colonial (exemplo americano), a reconstrução do Japão, a reconstrução da Europa, a restauração da Coreia do Sul, o surgimento dos tigres asiáticos, advindos da abertura internacional. Desde 1979, quando o Brasil vinha de planejamento econômico de longo prazo, o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo (1949-1979), a taxas de 6% anuais, em média. Porém, os choques do petróleo adiaram o crescimento sustentado, desde então, o Brasil não mais voltou ao planejamento integral. Passou a adotar a política econômica chamada de “stop and go” ou de adotar o tripé das políticas conjunturais e não mais voltou ao exemplo do passado de elevado porvir. Urge romper o “marasmo”.

Enquanto isto, depois da maior recessão da história, neste ano, a União contabiliza sinais de avanço econômico. A equipe econômica ontem projetou a inflação, reduzindo-se de 3,8% para 3,2%, para este ano e, o PIB, de 0,5% para 0,7%. Inflação baixa e em retração, é bom para o aparelho produtivo funcionar bem. Crescimento baixo não é não. Agora está estimado no mesmo tamanho do crescimento vegetativo da população (0,7%). Em termos relativos seria estar ainda no mesmo lugar. Porém, o calcanhar de Aquiles é sair do déficit primário, que começou em 2014 e está sendo projetado até para 2022, pelos imensos erros de política econômica, que se refletiram a partir daquele ano (de 2014 a 2016). O fato é que o Brasil já empobreceu 10% (2014-2017), depois de crescer de 1994 a 2013, não linearmente. Tentou um voo de águia. Não conseguiu romper os voos de galinha, que se iniciaram desde 1980.

Ontem, a notícia foi de acrescentar o emprego formal para assegurar que a retomada está existindo, mas ainda está muito longe da renda do brasileiro de 2013. O Ministério do trabalho divulgou dados do Cadastro do Emprego e do Desemprego Mensal, cuja taxa subiu pelo quinto mês consecutivo. O saldo de 35,5 mil de agosto é o maior para o mês de agosto desde 2014, quando foram negativos (2015 e 2016). Em julho foram criados 101,4 mil empregos. Saldos relativamente pequenos, em razão de que se precisa ainda recuperar 3 milhões perdidos na recessão referida. Mas, não deixam de ser importantes. Porém, ainda estão longe de mostrar retomada consistente.

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