08/09/2017 - PRODUÇÃO INDUSTRIAL CRESCE PELO QUARTO MÊS
Ao que parece a indústria se encontra num processo de
recuperação, subindo sua produção pelo quarto mês seguido, conforme divulgou o
IBGE, em pesquisa mensal de julho. O evento não ocorria desde abril a agosto de
2012. Cresceu a produção 0,8%, em relação a junho. A maior alta se deu na
produção de bens de capital, elevando-se em 1,9%, enquanto os bens de consumo
cresceram 0,6%. Em julho, 14 dos 24 segmentos industriais acompanhados
cresceram. Segundo a pesquisa, a produção da indústria brasileira cresceu 2,5%
em julho, perante mesmo mês do ano passado. Entretanto, a produção industrial
ainda está abaixo do pico, em 17,2%, alcançado em junho de 2013. Houve elevação
do número de vagas na indústria, após significativas perdas dos últimos dois
anos e, houve a normalização dos estoques, que estão ficando compatíveis com um
cenário de progressiva redução da ociosidade no setor. Estão contribuindo para
isto as quedas sucessivas nas taxas de juros para o setor produtivo e para o
consumo, a inflação mais baixa, a liberação dos recursos do FGTS, a elevação da
ainda tímida da confiança dos empresários e dos consumidores.
Insistindo na mesma tecla, de acionar o incremento do
consumo, o governo federal irá liberar, a partir de outubro, cerca de R$16
bilhões, para quase 8 milhões de brasileiros, ao reduzir a idade mínima para
acesso aos recursos do PIS/PASEP. A receita é a mesma da liberação dos R$44
bilhões das contas inativas do FGTS.
Ademais, o governo está ampliando a lista de empreendimentos
para as parcerias público-privadas. Os leilões estão sendo programados para
ter-se mais agilidade.
Na questão política, depois de enfraquecer a denúncia de
envolvimento em corrupção do presidente, parece que ele está reforçando sua
base política, para aprovar a reforma previdenciária. Por seu turno, a reforma
trabalhista terá efeitos a partir de novembro. A reforma do ensino médio é de
longo prazo. O do teto dos gastos está sendo implementada. A reforma tributária
parece que só virá como uma simplificação tributária. Restam as reformas
microeconômicas Para melhorar o ambiente geral dos negócios. Outras decisões
como as do refinanciamento de dívidas, legalização dos jogos, a redução de
subsídios e a redução do déficit estão sendo encaradas pelo longo prazo. Daí,
porque o crescimento ainda está previsto como lento. Menos do que o País
precisa. País este que cresce a população a 0,7% anual e deve, por questão de
lógica, crescer acima e bem acima deste percentual.
Comentários
Postar um comentário