04/09/2017 - MOTOR DO CAPITALISMO




Ainda tomando emprestado de Daniel Kahneman, citado aqui ontem, do seu best seller “Rápido e devagar. Duas formas de pensar”, “Capítulo 24 - O motor do capitalismo”. Os capitalistas são otimistas, segundo ele. “Indivíduos otimistas desempenham um papel desproporcional em moldar nossas vidas. Suas decisões fazem diferença; eles são os inventores, os empresários, os líderes políticos e militares, não pessoas medianas”. Por isso, a bolsa de valores deu um salto e alcançou 72 mil pontos. Bem perto do auge de 73 mil pontos, em 2008, jamais superado. Ao sair da recessão técnica, visto que dois trimestres se colocaram neste ano como positivos, o mercado (os capitalistas) já aposta em crescimento de 1% para este ano. O Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, representante principal do sistema econômico, já projeta 3% de incremento do PIB em 2018. Na verdade, os empresários querem sair da tempestade que foi (e está deixando de ser) esta década. Entretanto, não se pode deixar de esquecer que as reformas estruturais tem que estar completas. De que é fundamental melhorar sensivelmente o ambiente geral de negócios.

Olhando principalmente esta década, em que houve encolhimento do Brasil perante o mundo, bastando ver que, em 1980, o PIB brasileiro era 4,3% do PIB mundial. Atualmente está em 2,5%. A década de 1980 (1980-1989) começou a contribuir para isto, sendo chamada de a década perdida. Na década de 1990 (1990-1999) o Brasil estabilizou a economia (com o Plano Real) e preparou as bases para crescer. Na década inicial do novo século (2000-2009), embora houvesse uma grande recessão mundial, em 2009, o País foi o último a entrar e o primeiro a sair dela, crescendo forte (7,5%) em 2010. Porém, os subsídios dados e a turbinação dos gastos públicos levaram a perder o ciclo virtuoso da primeira década e o Brasil ingressasse em outra década perdida. A atual. A demonstração disso pode ser feita pela renda per capita, de 2010 a 2016, respectivamente, R$31,5 mil; R$32,4 mil; R$32,7 mil; R$33,4 mil (pico em 2013); R$31,8 mil; R$30,4 mil. As projeções desta coluna são de R$30,7 mil, R$31,0 mil e R$31,6 mil, para 2017 a 2020. Quer dizer, depois de dez anos se poderá retornar à renda per capita de 2010.

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