14/09/2017 - VAREJO VOLTA A CRESCER




A atual equipe econômica continua estimulando o consumo, sem que ainda tenha sensibilizado o novo investimento, já que há grande capacidade ociosa. Finda praticamente esta é de esperar-se que retorne os adicionais de inversões. Claro, o mercado tem certeza disso, visto que a taxa básica de juros SELIC está em 8,25% ao ano e é projetada para 7% no final do ano. Taxa tão reduzida não dá tanta alternativa senão ao capitalista de investir. A taxa SELIC caiu de 14,25% a menos de um ano atrás para atuais 8,25%. O Banco Central (BC) anunciou que irá continuar reduzindo a SELIC, embora em doses menores do que a redução de 1%, praticadas nas quatro últimas reuniões do BC. Seguindo projeções do mercado, para as próximas três quedas consecutivas, de 0,75%, 0,5%, no final do ano em 7%; mais 0,25%, em janeiro, a SELIC poderia ir para 6,75%; levando em consideração a projeção de inflação de 4,15%, a taxa de juros real ficaria em 2,5%. [Lembrando, [1 + r = (1 + SELIC/1 + inflação) x 100. SELIC e inflação em termos unitários]. Logo, o investimento estará mais ávido.

A inflação continua em queda há mais de um ano. A supersafra atual em muito tem contribuído com isso. A forte redução nos preços dos alimentos melhorou o poder de compra dos assalariados. O governo federal liberou R$44 bilhões de contas inativas do FGTS e liberará R$16 bilhões de recursos bloqueados do PIS/PASEP. O IBGE divulgou anteontem que houve estagnação nas vendas em julho, porém, depois de três altas consecutivas, quando acumulou 2,2% de incremento. No ano, o IBGE informou que o volume de vendas teve crescimento de 0,3%. A primeira alta desde 2014. Quando a comparação é realizada sobre os mesmos meses de 2016 são quatro altas seguidas, com crescimento de 3,2% de julho, o melhor resultado desde maio de 2014. No varejo, acumulado do ano, o crescimento alcança 7,2%, a maior taxa entre todos os gêneros que compõem o indicador de varejo do IBGE.

Conforme divulgou a Federação do Comércio de São Paulo, o faturamento do comércio varejista daquele Estado está em ascensão. Partindo de 2013, a receita do primeiro semestre alcançou R$298,7 bilhões; em 2014, R$298,8 bilhões, crescimento de 0,03%; em 2015, R$287,8 bilhões, - 3,68%; em 2016, R$282,6 bilhões – 1,81%; em 2017 (primeiro semestre), R$292,7 bilhões, incremento de 3,56%. Sem dúvida que, pelo peso relativo, o comércio varejista de São Paulo está ajudando a puxar a volta do crescimento econômico.

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