20/09/2017 - FÁBRICAS INTELIGENTES




O desenvolvimento econômico mundial tem mostrado que o setor industrial vem perdendo participação no PIB total, tanto nos países ricos como nas economias emergentes. Na medida em que um país se desenvolve o setor terciário é o que mais cresce em sua trajetória secular. Vendo neste século a indústria, o Banco Mundial divulgou dados de que no ano 2000 a participação industrial no PIB do globo caiu de 19% para 15% em 2015. Nos anos de 1970, a indústria representava 40% do PIB do Reino Unido. Hoje, essa fatia é de 10%. Antes de tornar-se um país rico, o recuo da indústria brasileira foi maior. No mesmo período citado, a geração da riqueza pela indústria caiu de 15% para 12%, sem contar que em 1985 a indústria participava de 25% do PIB brasileiro. Nos Estados Unidos, a participação da indústria no PIB caiu de 16,5% para 12%. Porém, os números são semelhantes. O fato é que não existe nenhum país que se tornou rico sem um setor industrial competitivo e grande. Os desafios que se colocam para o País é a necessária adoção de tecnologias digitais, para tornar as fábricas mais eficientes. Fábricas inteligentes. É a chamada indústria 4.0.

A consultoria internacional Delloitte, em 2010, colocou o Brasil em 5º lugar no ranking de competitividade industrial. Os efeitos devastadores da maior recessão enfrentada pelo País o colocaram na classificação da consultoria em 29º lugar em 2016. O que foi empregado para a indústria consolidar-se no País, o protecionismo advindo da era Vargas, como forma de suplantar que a indústria brasileira, que fora proibida desde 1703 e ainda estava amarrada no início do século XX, em um atraso gigantesco, persistiu até hoje, fechando o País para o mundo, enquanto o mundo todo se tornava uma aldeia global, desde pelo menos os últimos cinquenta anos.

Enfim, falta por aqui uma política industrial, de elevação de produtividade e de abertura comercial. A indústria 4.0 é aquela de sensores minúsculos, aplicativos em nuvem e da inteligência artificial.

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