02/09/2017 - SAINDO DA RECESSÃO TÉCNICA




A saída da recessão técnica é dada por traduzirem-se dois trimestres de crescimento do PIB, revelado principalmente pelo crescimento do nível de emprego.

Estatísticas de agora revelam que pelo quarto mês consecutivo diminuiu o número de pessoas desocupadas no Brasil. A principal conclusão disso é de que a retomada da economia se insinua. Porém, de forma lenta. Depois de atingir o auge do desemprego aberto com ou sem carteira de trabalho assinada, o IBGE se reportou ao trimestre móvel de fevereiro-março-abril, de 14,2 milhões de desempregados, verificando, pelo quarto mês seguido (abril, maio, junho, julho), redução para 14 milhões, 13,8 milhões, 13,5 milhões e 13,3 milhões, no cálculo do último trimestre de maio-junho-julho. Ou seja, atingiu o máximo de 13,6% e agora está em 12,8% a taxa de desempregados da População Economicamente Ativa, que em julho era de 90,7 milhões. Ou seja, 44% da população total de 207,7 milhões. Em quatro meses, retornaram ao emprego formal e informal cerca de 721 mil pessoas. Segundo o IBGE, no contexto da crise econômica e da consequente redução da oferta de empregos formais, a grande maioria de 468 mil brasileiros (por volta de 65%) dos que retornaram ao emprego foram via informalidade. Historicamente, a melhora no nível de emprego costuma aparecer com alguns meses de defasagem em relação à recuperação econômica. Justamente isto que foi divulgado ontem como sinal de retomada. Pela primeira vez, desde 2014, o País registra dois trimestres consecutivos de crescimento, de 1% no primeiro trimestre e de 0,2% no segundo trimestre, segundo o IBGE.

Otimista, o mercado tem expectativa de crescimento deste ano de até 1%. Quem puxou a economia neste ano foi o consumo das famílias. Com mais dinheiro circulando, graças à liberação de R$41 bilhões do FGTS de contas inativas, além de crédito mais barato, dado que a SELIC tem baixado bastante, sendo acompanhada pela queda de juros dos bancos. Ademais o salário real está crescendo com a forte queda da taxa de inflação. Como soe acontecer, o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já projeta crescimento por volta de 3% em 2018, acima do PIB potencial estimado pela equipe econômica, indicando que a economia ingressou em ciclo virtuoso, saindo da maior recessão da história nacional. Para o s resultados do terceiro trimestre, o governo central lançará mão do arsenal de dinheiro contido nas contas do PIS/PASEP, retidos, dos homens acima de 65 anos e mulheres acima de 62 anos.

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