03/09/2017 - REUNIÃO DOS BRICS
A comitiva brasileira está na China desde o dia 31 de agosto,
para a reunião do grupo chamado de BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China, África
do Sul, os cinco grandes países selecionados entre vinte deles, pelo economista-chefe
do Banco Goldman Sachs, Jim O’Neill, em 2001, que via neles o potencial de
romper com as barreiras da pobreza e alcançar o grau de desenvolvimento até
2030. A comitiva está com mais de 50 projetos para vender principalmente para a
China, através de parcerias público-privadas.
Em artigo de hoje, na Folha, Clóvis Rossi, escreveu artigo
intitulado “O ‘b’ dos BRICS ficou minúsculo”. Hoje começou a nona reunião da
cúpula do referido grupo. Rossi assim se refere: “Não é preciso ser
especialista em relações internacionais para saber que nos últimos anos o ‘b’
dos grandes emergentes a) perdeu poder de barganha em negociações ou, no
mínimo, não ganhou mais poder; b) tampouco influi mais em questões regionais e
mundiais; e c) não demonstra nem capacidade nem disposição para agir de forma proativa
e propositiva (no cenário internacional: aliás, nem regional)... Na economia o
encolhimento é visível na comparação com o crescimento dos pares dos BRICS, de
2010 a 2016: o Brasil cresceu apenas 2%; menos do que a Rússia (6%), África do
Sul (12%) e naturalmente, Índia (48%) e China (56%), os grandes emergentes que
mais crescem... Os BRICS ainda são um conjunto de países pobres, na comparação
com a turma do G-20. Só a Rússia tem renda per capita acima da média desse
grupo de grandes economias”.
Na verdade, nesta década, o Brasil vem sendo atropelado e
saiu de um grande crescimento em 2010, de 7,5%, para cair a 3,9%, em 2011;
1,8%, em 2012; 2,7% em 2013; 0,1%, em 2014; depois, ingressar na maior recessão
da história: - 3,8%, em 2015; - 3,6% em 2016.
A taxa média é de 1,23% ao ano. O crescimento de 2% de Rossi acima é
quando se pega o PIB de 2016 e se compara com o de 2010. Em ambas as formas de
exame, o desempenho brasileiro é de grande mediocridade.
O resultado de dois dias atrás do IBGE fez com que o mercado otimista
projetasse o retorno ao crescimento de 1%, neste ano, projetando mais de 2% no
ano que vem. Oxalá estejam certo e o País ingresse no círculo virtuoso. A esse
respeito, Daniel Kahneman, que ganhou o prêmio Nobel de Economia de 2002, por
sua contribuição sobre os processos de tomada de decisão, em seu livro “Rápido
e devagar. Duas formas de pensar”, no capítulo 24, “O Motor do capitalismo”,
expressa-se que ele é o otimismo.
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