29/05/2017 - JOGO ECONÔMICO E POLÍTICO PELAS LATERAIS




O presidente Michel Temer inicia a semana com três apostas econômicas e duas políticas. Pela lateral econômica: amanhã (terça) irá lançar em São Paulo (1ª aposta) o Fórum de Investimentos Brasil 2017; depois de amanhã (quarta), (2ª aposta) o Banco Central irá reduzir a taxa básica de juros em 1%, para 10,25%; na quinta feira, (3ª) o IBGE irá divulgar a alta do PIB do primeiro trimestre do ano. Pela lateral política: ontem, foi divulgado pela Folha, em manchete de primeira página que (4ª) “Maiores partidos rejeitam votar a favor das Diretas-Já”; de hoje em diante, por cerca de nove dias se aguardará o início do julgamento da chapa presidencial Dilma-Temer, de 2014, (5ª) pelo TSE. Tenta Temer, a todo custo, realizando reuniões diárias, salvar sua gestão.

(1ª aposta) Referido Fórum vem sendo preparado há meses, reunindo empresários, executivos, jornalistas, estrangeiros, ministros, gestores públicos e estatais. O seu patrocínio é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A propósito, o BID financia investimentos basicamente privados, geralmente de natureza industrial. É o Banco Mundial (BIRD) que se incumbe de financiamentos para a infraestrutura e não estará representado, por suposto. Por oportuno, a China e o Brasil lançou um fundo de investimentos, no valor de US$20 bilhões, em outro evento. Investidores de mais de 42 países e de 22 segmentos produtivos estarão presentes no primeiro conclave.

(2ª) A redução da taxa SELIC por si só indica que poderão ser ampliadas inversões.

(3ª) O resultado do PIB trimestral do trimestre é visto com otimismo.

(4ª) Dos 10 maiores partidos do Congresso 7 se declararam contra eleições Diretas-Já. Na Câmara se declararam 397 deputados (77%). No Senado, 72 senadores (89%), conforme pesquisa Datafolha. Assim, a indicação mais provável é de que se houver eleição neste ano, será indireta.

(5ª) No julgamento do TSE, da chapa presidencial de 2014, previstas sessões para os dias de 06 a 09 de junho, muito provavelmente, poderá haver vistas do processo e será adiado sine die.

Dessa maneira, duas tendências estão postas. A primeira, de Temer terminar o seu mandato, mas com baixíssimo crescimento econômico e, ele também aposta em reverter este quadro, apresentando as reformas estruturais aprovadas. A segunda, de haver eleição indireta, para conclusão do mandato. A chamada PEC de Lula, apostas do PT, PSB, PDT, não tem condições de ser aprovada pelo Congresso.

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