16/05/2017 - IBC-BR PRÉVIA DO PIB




O Banco Central (BC) faz mensalmente uma prévia do PIB brasileiro, enquanto o IBGE faz trimestralmente a sua divulgação. O dado do IBGE para o primeiro trimestre deste ano somente será conhecido em junho. Daí que o BC divulgou o seu indicador, apontando um crescimento de 1,12%, de janeiro a março, em relação a outubro até dezembro passado. Em janeiro houve alta de 0,36%; em fevereiro houve alta de 1,37%; mas, março recuou 0,44%. Referido crescimento trimestral é o primeiro depois de 8 trimestres negativos. O IBC-Br do último trimestre de 2014 teria sido de 0,21%. Em 12 meses, o IBC-Br está em – 2,78%. Vem recuando nos 12 meses móveis. O descortino de recuperação da economia neste ano é por demais creditada à safra recorde. Acreditam os entrevistados que 75% do incremento do PIB neste ano virão da agropecuária.

O indicador citado incorpora projeções para serviços, comércio, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre produtos. A avaliação de muitos economistas é de que, depois de longo período de crise, a atividade econômica começou a se estabilizar, com recuperação em alguns segmentos. O BC toda a semana divulga na segunda feira a pesquisa que faz na sexta feira anterior, o seu boletim Focus. A previsão do PIB para 2017 é de 0,47%. Já para 2018, a expectativa é de incremento de 2,5% do PIB. A previsão do mercado financeiro auscultado pelo BC é de a inflação continue caindo. Agora em 4,01% contra 4,03% da semana anterior. A projeção para 2018 é um pouco maior, de 4,4% em 2018. Dos 120 entrevistados pelo BC, há o grupo Top-5, que reúne as instituições financeiras que mais acertam nas projeções. Referido grupo prevê que o IPCA de 2017 ficará na faixa de 4,03% a 3,89%. Para eles, em 2018, a inflação ficará em 4,25%. Devido ao recuo da inflação, os analistas consultados pelo BC acreditam que, no final do mês, o Comitê de Política Monetária fará um corte de 1% na taxa básica de juros, a SELIC.

Muitos dos economistas consultados pelo BC acreditam que a economia bateu no fundo do poço. Mas, 1,12% está sendo muito alto, muitos economistas esperam a metade dele pelo IBGE, algo como 0,6%. Ademais, as vendas do dia das mães deste ano cresceram 1,6% contra resultados negativos do biênio 2015/2016. A expectativa de contratação do comércio de abril, conforme a FECOMÉRCIO, subiu 10%. O risco País caiu para bem menos de 200 pontos, o que não acontecia desde o período que foi considerado com grau de investimento, o grau de confiança financeira internacional, de 2008 a 2014. Os acontecimentos fluem muito, mas aqui se continuam colocados em uma lauda diária.

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