14/05/2017 - EM 30 ANOS DE ESCÂNDALOS DE UMA FERROVIA




No governo do presidente Sarney surgiu a ferrovia Norte-Sul, ligando do Maranhão a São Paulo. Levando grãos da região Centro Oeste para consumo doméstico e para exportações; levando minérios para ambos os destinos. Levando e trazendo não se sabe o mais o que? O que o Tribunal de Contas da União sabe é que as mesmas empreiteiras estão ao tempo quase todo construindo as obras. São as mesmas envolvidas em práticas de corrupção da operação Lava Jato.

O que é a ferrovia? No meio do Brasil, de norte a sul, do Maranhão a São Paulo. A malha ferroviária dela hoje é de 2.261 km, praticamente concluída. Os governos do ex-presidente Lula e de Dilma prometeram 4.800 km. No Norte, exportando pelo porto de São Luís, no Maranhão. No meio, exportando pelo porto de Ilhéus, na Bahia. No Sul, exportando por Santos, em São Paulo, grãos e minérios, em logísticas diferentes.

A ferrovia tem quatro trechos. O primeiro, das cidades de Acailândia (MA) a Estreito (MA), sendo 215 km em operação desde 1996, saída por São Luís. O segundo, de Estreito (MA) a Porto Novo (TO), de 504 km, em operação desde 2008. O terceiro, de Porto Novo (TO) a Anápolis (GO), de 860 km, em operação desde 2015. O quarto, de Anápolis/Ouro Verde (GO) a Estrela D’Oeste (SP), 682 km, em obra praticamente concluída. É um desbravamento sem fim.

Quem ganhou (qui prodest)? É incalculável a riqueza que nessas três décadas foi transferida pelos governos federal, estadual e municipal. A corrupção campeou, perdendo dinheiro que poderia ir para a saúde, a educação, a segurança, sendo o resto poesia.

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